Eleitos do PCP em Bruxelas encabeçam uma carta a Charles Michel, Ursula von der Leyen e Roberta Metsola, pedindo “um cessar-fogo humanitário imediato, duradouro e sustentado” na Palestina.
João Pimenta Lopes, eurodeputado do PCP, é o primeiro dos 63 eleitos do Parlamento Europeu que subscrevem uma carta na qual exortam as instâncias europeias a pressionar Israel para um cessar-fogo que ajude atravar a escalada de violênciana Palestina que se iniciou como retaliação ao ataque perpetrado pelo Hamas a7 de outubro contra civis israelistas.
Israel Defense Forces/Handout via REUTERS
A carta seguiu para a presidência espanhola do Conselho da União Europeia, para o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, para a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen e para a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola.
Os signatários pedem "um cessar-fogo humanitário imediato, duradouro e sustentado, que conduza à cessação da atual escalada de violência na Faixa de Gaza, na Cisjordânia, em Jerusalém Oriental e em Israel". E recordam que a Assembleia Geral das Nações Unidas adotou, a 27 de outubro, uma resolução que pede já "uma trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada que conduza à cessação das hostilidades".
O pedido que agora é dirigido às autoridades europeias baseia-se essencialmente nessa resolução da ONU, que exige "o fornecimento imediato, contínuo, suficiente e sem entraves de bens e serviços essenciais aos civis em toda a Faixa de Gaza" e a "revogação da ordem de Israel, a potência ocupante, para que os civis palestinianos e o pessoal das Nações Unidas, bem como os trabalhadores humanitários e médicos, evacuem todas as áreas da Faixa de Gaza a norte do Wadi Gaza e se desloquem para o sul de Gaza".
ONU pede solução "por meios pacíficos"
Os eurodeputados lembram que esse texto da ONU reafirma que "uma solução justa e duradoura para o conflito israelo-palestiniano só pode ser alcançada por meios pacíficos, com base nas resoluções pertinentes das Nações Unidas e em conformidade com o direito internacional, e com base na solução de dois Estados".
Segundo as informações que chegam de Gaza, território controlado pelo Hamas, já mais de 11 mil palestinianos terão morrido (a maioria dos quais mulheres e crianças) desde que Israel começou a retaliar pelo ataque do Hamas que, a 7 de outubro, fez (segundo dados de Israel) 1.200 mortos. Estes dados fazem com que este seja o conflito mais mortífero naquela região nos últimos 50 anos.
Segundo informações veiculadas pela ONU a 5 de novembro, cerca de 1,5 milhões de pessoas estariam deslocadas de suas casas na Faixa de Gaza, tendo procurado abrigo em escolas, igrejas, hospitais, abrigos das Nações Unidas, edifícios públicos ou em casas de outras famílias.
Com a passagem entre Erez e Israel fechada e a passagem de Rafah para o Egito aberta apenas para retirar cidadãos estrangeiros e alguns dos feridos, sair do território que está sob cerco não é opção para os cerca de 2,5 milhões de habitantes de Gaza.
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