Sábado – Pense por si

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

António José Vilela
António José Vilela 01 de janeiro de 2025 às 23:00

Esta é a história das escutas do traficante e do bruxo Demba; da denúncia à PGR e do juiz vingativo; dos testemunhos temerosos dos funcionários judiciais e das vigilâncias manhosas da PJ; do cofre, das notícias da Covid e da vozeria criminosa do jornalista. E ainda da briga com o procurador Centeno e do tribunal relapso; das acumulações de Alexandre e de como muitos andaram à procura de Ivo.

Depois de vários adiamentos, o testemunho foi marcado para 11 de maio de 2022. Eram 13h48 quando arrancou a audição numa pequena sala da Procuradoria-Geral Regional de Lisboa, no antigo edifício que serve também de sede ao Tribunal da Relação de Lisboa, na Rua do Arsenal. Perante a procuradora-geral adjunta Ana Paula Vitorino, curiosamente a magistrada que tinha andado durante anos a investigar o processo O-Negativo/Lalanda e Castro, o juiz Ivo Rosa começou por repetir vários pontos da denúncia que mandara à procuradora-geral da República Lucília Gago sobre uma notícia que o envolvera num alegado pagamento feito por um traficante de droga. Um episódio detetado num processo investigado no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e que deixou durante largos meses o Ministério Público (MP) sem saber muito bem o que fazer para tentar responder a várias questões: seria o juiz corrupto ou tratava-se de uma armadilha para o incriminar? Ou nem uma coisa nem a outra?

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais
Justa Causa

Gaza, o comboio e o vazio existencial

“S” sentiu que aquele era o instante de glória que esperava. Subiu a uma carruagem, ergueu os braços em triunfo e, no segundo seguinte, o choque elétrico atravessou-lhe o corpo. Os camaradas de protesto, os mesmos que minutos antes gritavam palavras de ordem sobre solidariedade e justiça, recuaram. Uns fugiram, outros filmaram.

Gentalha

Um bando de provocadores que nunca se preocuparam com as vítimas do 7 de Outubro, e não gostam de ser chamados de Hamas. Ai que não somos, ui isto e aquilo, não somos terroristas, não somos maus, somos bonzinhos. Venha a bondade.