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Repórter SÁBADO. Jihadista quer cumprir pena em Portugal

Nuno Tiago Pinto
Nuno Tiago Pinto 16 de outubro de 2024 às 23:00

Nero Saraiva foi condenado no Iraque a 15 anos de prisão por pertencer ao Estado Islâmico. A família tem tentado, sem sucesso, contactar o governo para conseguir apoio consular. Pela primeira vez, a mãe e o pai decidiram dar uma entrevista em que contam como foi perder o filho para um grupo terrorista e a odisseia para o tentarem trazer de volta: “Tragam o meu menino para cá.”

Rita Maria fala de forma pausada. Mede as palavras. Tenta, sem grande sucesso, esconder o nervosismo por estar, pela primeira vez, frente a um jornalista. Há uma década que se mantinha propositadamente incógnita. Sem redes sociais e a viver fora do País, era difícil contactá-la. Por seu turno, ela ignorava as notícias que, desde 2014, davam o filho mais velho, Nero Saraiva, como o mais importante dos portugueses que se tinham juntado ao grupo terrorista Estado Islâmico (EI). Nunca viu uma imagem dele com uma arma. “Nunca quis. Até hoje recuso-me a ver”, garante à SÁBADO. Aceitou agora dar uma entrevista para apelar às autoridades portuguesas – que não responderam aos contactos da família – que permitam ao filho cumprir em Portugal os 15 anos de prisão a que foi condenado no Iraque por pertencer ao Estado Islâmico.

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