
Mais de 70 palestinianos mortos enquanto aguardavam ajuda humanitária
O exército israelita reconheceu que suas tropas "dispararam tiros de advertência" contra milhares de palestinianos que aguardavam a chegada de camiões de ajuda humanitária.
O exército israelita reconheceu que suas tropas "dispararam tiros de advertência" contra milhares de palestinianos que aguardavam a chegada de camiões de ajuda humanitária.
A organização não-governamental norte-americana Rahma Worldwide calcula que mais de um milhão de palestinianos estão em risco de morrer à fome.
Após a morte de dez pessoas o exército israelita afirmou que tinha acontecido um "erro técnico" num ataque contra "terroristas" da Jihad Islâmica, que fez com que a munição caísse a dezenas de metros do alvo.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza o número de mortes causadas pela operação militar israelita, que já dura há 21 meses, já ultrapassou as 56 mil pessoas.
A Global March to Gaza vai chegar à fronteira entre o Egito e Gaza no dia 15 para pressionar "de forma pacífica" a entrada de ajuda humanitária no conclave. Ana Rita Tereso, coordenadora da delegação luso-galaica, defende que "há muitas formas de ajudar" pelo que o essencial é "fazer o que podemos".
Incidentes têm acontecido perto de três centros de distribuição geridos pela Fundação Humanitária de Gaza, um grupo recém-formado de prestadores de serviços maioritariamente americanos. Israel quer que a fundação substitua os grupos humanitários em Gaza que distribuem ajuda em coordenação com a ONU.
A Faixa de Gaza, com uma população de cerca de 2,1 milhões de habitantes, foi sujeita a um bloqueio de ajuda (alimentos, medicamentos e outros bens básicos, como combustível) durante quase três meses, até que Israel permitiu o acesso limitado a bens na semana passada.
As forças israelitas "vão alargar significativamente a atividade militar nas zonas onde estão presentes", advertiu o porta-voz do exército em árabe, Avichay Adraee num comunicado.
Israel bloqueou, em março, o acesso de ajuda humanitária a Gaza para impedir o Hamas de aceder ao material que entra na Faixa.
O primeiro relatório detalha que o primeiro tiroteio ocorreu contra veículos do Hamas, e o segundo, uma hora depois, contra ambulâncias e um carro de bombeiros que se dirigiam para o local.
Um paramédico palestiniano que estava desaparecido desde os ataques israelitas que mataram 15 profissionais de saúde no sul de Gaza, terá sido detido pelas autoridades de Israel.
Imagens de satélite mostram bairros outrora densos transformados em escombros, bem como quase uma dúzia de novos postos avançados do exército israelita desde o fim do cessar-fogo.
O Exército israelita destruiu também 22 dos 24 poços de água, o que privou dezenas de milhares de famílias de água potável, e 85% das suas redes de esgotos
As forças israelitas admitiram que dispararam contra ambulâncias na Faixa de Gaza em 23 de março, depois de considerarem os veículos suspeitos.
O ministro da Defesa, Israel Katz, pediu aos palestinianos de Gaza que eliminassem o Hamas e fizessem com que os reféns israelitas voltassem para casa.
Após várias semanas de desacordo com o Hamas sobre a forma de prosseguir a trégua que entrou em vigor em 19 de janeiro, Israel quebrou o cessar-fogo em 18 de março.