
Israel rejeita entre 30% e 40% da ajuda humanitária diária enviada do Egito para Gaza
Entre os 150 camiões que chegam diariamente a Gaza, Israel devolve entre 20 a 80 camiões.
Entre os 150 camiões que chegam diariamente a Gaza, Israel devolve entre 20 a 80 camiões.
Quando tratados como a Carta das Nações Unidas, as Convenções de Genebra ou a Convenção do Genocídio deixam de ser respeitados por atores centrais da comunidade internacional, abre-se a porta a uma perigosa normalização da violação da lei em cenários de conflito.
Estima-se que se encontrem cerca de um milhão de pessoas na capital de Gaza, muitas delas deslocadas, provenientes de outras partes do enclave, especialmente da praticamente deserta província do norte
O exército israelita reconheceu que suas tropas "dispararam tiros de advertência" contra milhares de palestinianos que aguardavam a chegada de camiões de ajuda humanitária.
A organização não-governamental norte-americana Rahma Worldwide calcula que mais de um milhão de palestinianos estão em risco de morrer à fome.
Após a morte de dez pessoas o exército israelita afirmou que tinha acontecido um "erro técnico" num ataque contra "terroristas" da Jihad Islâmica, que fez com que a munição caísse a dezenas de metros do alvo.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza o número de mortes causadas pela operação militar israelita, que já dura há 21 meses, já ultrapassou as 56 mil pessoas.
A Global March to Gaza vai chegar à fronteira entre o Egito e Gaza no dia 15 para pressionar "de forma pacífica" a entrada de ajuda humanitária no conclave. Ana Rita Tereso, coordenadora da delegação luso-galaica, defende que "há muitas formas de ajudar" pelo que o essencial é "fazer o que podemos".
Incidentes têm acontecido perto de três centros de distribuição geridos pela Fundação Humanitária de Gaza, um grupo recém-formado de prestadores de serviços maioritariamente americanos. Israel quer que a fundação substitua os grupos humanitários em Gaza que distribuem ajuda em coordenação com a ONU.
A Faixa de Gaza, com uma população de cerca de 2,1 milhões de habitantes, foi sujeita a um bloqueio de ajuda (alimentos, medicamentos e outros bens básicos, como combustível) durante quase três meses, até que Israel permitiu o acesso limitado a bens na semana passada.
As forças israelitas "vão alargar significativamente a atividade militar nas zonas onde estão presentes", advertiu o porta-voz do exército em árabe, Avichay Adraee num comunicado.
Israel bloqueou, em março, o acesso de ajuda humanitária a Gaza para impedir o Hamas de aceder ao material que entra na Faixa.
O primeiro relatório detalha que o primeiro tiroteio ocorreu contra veículos do Hamas, e o segundo, uma hora depois, contra ambulâncias e um carro de bombeiros que se dirigiam para o local.
Um paramédico palestiniano que estava desaparecido desde os ataques israelitas que mataram 15 profissionais de saúde no sul de Gaza, terá sido detido pelas autoridades de Israel.
Imagens de satélite mostram bairros outrora densos transformados em escombros, bem como quase uma dúzia de novos postos avançados do exército israelita desde o fim do cessar-fogo.
O Exército israelita destruiu também 22 dos 24 poços de água, o que privou dezenas de milhares de famílias de água potável, e 85% das suas redes de esgotos