Ultimato israelita à população do norte de Gaza provocou a fuga de centenas de milhares de habitantes. Teme-se a invasão terrestre.
Benjamin Netanyahu visitou este sábado, 14, soldados de infantaria junto à Faixa de Gaza e disse-lhes que a próxima fase do conflito entre Israel e o Hamas estava a chegar. "Prontos para a próxima fase? Vem aí a próxima fase", afirmou, sem elaborar. Num vídeo da visita, vê-se os soldados a concordar.
Também Ismail Haniyeh, líder do grupo terrorista Hamas, garante que os palestinianos não vão deixar Gaza nem a Cisjordânia rumo ao Egito. "A nossa decisão é mantermo-nos na nossa terra", afirmou num discurso filmado. O Hamas diz que as estradas não são seguras e que dezenas de pessoas que fugiram foram mortas em ataques a carros e camiões. Israel diz que o Hamas quer evitar que as pessoas saiam para as usar como escudos humanos, o que o grupo terrorista recusa.
Tzachi Hanegbi, conselheiro de segurança nacional do primeiro-ministro israelita, disse também que não houve aviso concreto, incluindo do Egito, acerca dos ataques do Hamas a 7 de outubro. Nesse dia, foi convocado para uma reunião às 4 da manhã, 2 horas e meia antes do ataque, mas a informação que obteve nao justificava a mobilização, relatou em conferência de imprensa. Porém, reconhece que Israel falhou na sua missão de proteger os israelitas.
Nas últimas horas, um ultimato israelita à população do norte de Gaza provocou a fuga de centenas de milhares de habitantes de uma região que conta com 1,1 milhões de pessoas, ou seja, metade da população total do enclave, devido ao receio de uma iminente incursão terrestre em grande escala do exército israelita.
Segundo um comunicado das Forças de Defesa de Israel, está a ser preparada uma "expansão da ofensiva" que prevê um "ataque conjunto e coordenado do ar, mar e terra".
REUTERS/Ahmed Zakot
Também na fronteira com o Líbano, cinco postos fronteiriços de Israel foram alvo de ataques de morteiro e mísseis do Hezbollah. A violência faz surgir o receio de uma nova frente de guerra.
O grupo islamita Hamas lançou há uma semana um ataque surpresa contra Israel com milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
Os ataques já provocaram milhares de mortos e feridos nos dois territórios.
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