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21 soldados israelitas mortos em ataque na Faixa de Gaza

Forças israelitas preparavam-se para “remover estruturas terroristas” em Khan Younis quando foram surpreendidas por um míssil do Hamas.

Vinte e um soldados israelitas foram mortos na segunda-feira (22) naquele que foi considerado o ataque mais mortífero entre as tropas israelitas desde o início da operação terrestre na Faixa de Gaza. As tropas operavam no sul, perto da cidade de Khan Younis que abriga centenas de milhar de palestinianos deslocados, quando foram atingidas por um míssil, alegadamente lançado pelo grupo terrorista Hamas.

REUTERS/Shir Torem

"As forças operavam para remover estruturas e infraestruturas terroristas que representavam uma ameaça à segurança das comunidades israelitas. Durante a atividade, aproximadamente às 16h (14h de Lisboa) parece que um míssil RPG foi disparado por terroristas do Hamas contra um tanque que protegia a força. Simultaneamente, houve também uma explosão que resultou no colapso de duas estruturas de dois andares, enquanto muitas tropas estavam dentro ou nas proximidades", anunciaram as Forças de Defesa de Israel (IDF) através do X.

Citado pela agência de notícias Reuters, o chefe do gabinete político do Hamas, Sami Abu Zuhri, disse que as perdas israelitas são a prova de que o braço direito do Hamas está a ficar mais forte e que "o objetivo americano e israelita de se livrarem do Hamas ou enfraquecê-lo não é possível".

"Pedimos à administração norte-americana que pare com esta política inútil e pare de apostar na possibilidade de enfraquecer ou acabar com o Hamas", pediu ao telefone. "Em vez disso, a administração americana deve reconhecer os direitos do povo palestiniano à liberdade".

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu entretanto já lamentou o sucedido. Através das redes sociais prestou também total apoio às famílias dos ex-combatentes. "Ontem vivemos um dos dias mais difíceis desde o início da guerra. Lamento pelos nossos heroicos soldados caídos. Abraço as famílias nos momentos de necessidade e todos rezamos pela paz dos nossos feridos", referiu ao garantir que a situação está a ser investigada. "As IDF lançaram uma investigação sobre o desastre. Devemos tirar as lições necessárias e fazer de tudo para preservar a vida dos nossos guerreiros."

Sabe-se que o conflito já provocou 25 mil mortes entre palestinianos desde o dia 7 de outubro, segundo dados do Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas. 85% dos habitantes vivem agora desalojados e em abrigos da Organização das Nações Unidas (ONU). 

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