A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
As recentes propostas de alteração à disciplina de Cidadania, nomeadamente retirar ou relegar para segundo plano o tema da educação e saúde sexual do seu currículo, nos termos em que têm sido apresentadas, têm sido vistas com muita preocupação e estão a gerar muito debate. Certamente que o currículo das disciplinas e das áreas não disciplinares pode ser debatido, por exemplo a adequação de certos conteúdos que alguns classificam de caricatos - também é bom lembrar que para desconstruir conceitos ou seja o que for, alguma base tem de estar minimamente estruturada. Mas essa é uma discussão que se pode ter no plano pedagógico e profissional, justamente por integrar dimensões técnicas e éticas. O que certamente não deveríamos fazer era transformar a educação sexual, que é uma importante conquista civilizacional, em mais um tópico para lutas tribais. E numa altura em que tanto se fala do "nosso modo de vida" e dos "nossos valores", a propósito de outros temas, bem podemos falar disso em relação à educação sexual.
Independentemente de detalhes e argumentos formais, de mais ou menos horas, de mais ou menos alternativas, a questão essencial é a do sinal de esvaziamento de um espaço curricular e natural onde se abordam temas fundamentais e que correspondem a desafios reais enfrentados por adolescentes e jovens no seu desenvolvimento. Serão a formação afetiva e sexual, o consentimento, a diversidade, a saúde reprodutiva, a identidade ou a igualdade de género temas que consideramos menores?
Num mundo com as características que conhecemos, de contínua exposição a conteúdos digitais (e até quando se tem procurado tomar medidas neste domínio), é ainda mais paradoxal que a ideia seja reduzir a importância que contextos como a escola têm na abordagem profissional a estes temas. A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
E se há quem ache que retirar o tema do currículo ou reduzir o seu papel fará com que este deixe de ser falado, não se iluda: esse espaço será rapidamente preenchido - como de resto já se vê - e não necessariamente por quem ou algo que seja recomendável. Decidirmos que não falamos de sexualidade e afetos, com o devido espaço e tempo, não evita o tema. Apenas acentua que as fontes utilizadas pelos adolescentes e jovens sejam de menor qualidade, não sejam as mais apropriadas, ou sejam espaços de desinformação. Queremos mesmo que, fora de casa, em vez de professores, psicólogos e outros profissionais especializados, num espaço formativo natural e seguro, sejam somente os influencers nas redes sociais a tratar de relacionamentos, consentimento, sexualidade e afetos?
E se a educação sexual fosse feita por influencers?
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
No início dos anos 2000, a ideia de uma consulta de psicologia ser feita a distância era algo novo para muitos e certamente não era a prática regular. Vinte anos depois, a discussão já não é apenas sobre teleconsultas ou atos da profissão feitos a distância, que são uma prática comum e válida, mas sobre qual é a extensão do papel das tecnologias da informação e da comunicação na compreensão do comportamento humano e na prestação de serviços de psicologia.
Vale a pena promover o desenvolvimento de carreira num mundo tão incerto? Ora, é justamente porque o mundo está como está que, mais do que nunca, o desenvolvimento de carreira e as competências que nele se promovem é essencial.
Uma cultura de saúde e bem estar envolve olhar para este assunto como algo que está integrado e é natural no funcionamento de uma organização e na sua natureza. Disso depende, não apenas o bem estar de cada pessoa, mas também os resultados económicos e a competitividade da própria organização.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.