Cidadão irlandês foi visitar familiares a Gaza e acabou por ser surpreendido pelos ataques israelitas. Encontrou abrigo na casa dos pais, para onde se encaminharam dezenas de familiares e amigos.
Ibrahim AlAgha e a sua mulher Hamida, cidadãos irlandeses de origem palestiniana, foram passar férias a Gaza com os três filhos para que estes conhecessem os familiares palestinianos e aprendessem a língua e a cultura da região. Contudo, acabaram por ser surpreendidos pelos ataques israelitas e procuraram refúgio na casa dos pais de Ibrahim - mas não foram os únicos. A casa de quatro quartos onde viviam oito pessoas acolhe agora 90 amigos e familiares, relata o canal britânico BBC.
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A família de Ibrahim dirigiu-se para o sul de Gaza depois do aviso israelita com vista à incursão terrestre de Israel, que ainda não ocorreu. Assim chegaram a Khan Younis, a sul do país. Na casa, é preciso fazer turnos para dormir e um colchão serve para duas pessoas. Durante o dia, os adultos saem à rua em busca de comida enlatada.
Embora possam cozer o pão no forno a lenha de um vizinho, não existem alimentos suficientes para alimentar os amigos e familiares mais que uma vez por dia. "Os idosos ainda conseguem aguentar um pouco, mas quando as crianças pedem comida não lhes podemos dizer que não", contou o engenheiro à BBC.
Do grupo fazem agora parte 30 crianças, uma mulher grávida e uma idosa diabética, que estará prestes a ficar sem medicamentos. Caso alguém fique gravemente doente, será impossível levar a pessoa até um hospital.
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Enquanto as condições em Gaza pioram, Ibrahim tem feito os possíveis e os impossíveis para conseguir regressar a Dublin. No sábado, 14 de outubro, a sua família fez uma viagem "muito arricada" de Khan Younis até Rafah, cidade que faz fronteira com o Egito, mas quando lá chegaram a Embaixada da Irlanda ordenou que regressassem ao local de abrigo porque a fronteira não estava aberta. A família teme agora não ter combustível suficiente para regressar à fronteira, assim que a mesma seja reaberta. O outro cenário é perder a comunicação com a Embaixada. "Estou a começar a perder a esperança", garantiu.
Recentemente uma explosão que atingiu ohospital Al-Ahli, na Faixa de Gaza, vitimou centenas de pessoas. Até ao momento sabe-se que o conflito entre Israel e o Hamas já provocou pelo menos a morte de pelo menos 3.300 pessoas.
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