Sábado – Pense por si

Nos 100 dias de guerra, confrontos não dão sinais de abrandamento em Gaza

Ana Bela Ferreira
Ana Bela Ferreira 14 de janeiro de 2024 às 15:20
As mais lidas

O centro e sul da Faixa de Gaza continuam a ser as áreas alvo dos ataques israelitas, quando passam 100 dias desde o ataque do Hamas em território de Israel.

Os tanques e aviões israelitas mantiveram os alvos no sul e centro da Faixa de Gaza, quando passam 100 dias do ataque de 7 de outubro do Hamas a território de Israel. Os ataques concentraram-se, este domingo, na cidade de Khan Younis, no sul, e também nas cidades de Al-Bureij e Al-Maghazi, no centro do enclave.

Israel Defense Forces/Handout via REUTERS

Pelo terceiro dia consecutivo as comunicações e serviço de internet estão em baixo em Gaza, dificultando o socorro dos serviços de emergência.

Entretanto, o Hamas anunciou o abate de um tanque israelita junto a Khan Younis, enquanto as forças israelitas deram conta da destruição de vários postos de lançamento de mísseis usados para atacar Israel.

O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, deu conta, nas últimas 24 horas da morte de 125 pessoas e 265 feridos. O que aumentou os números desde o início da ofensiva israelita para 24 mil mortos e 60 mil feridos.

Ontem, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, garantiu que ninguém irá parar os ataques a Gaza, nem oprocesso judicial em Haiapor genocídio. "Ninguém nos vai parar - nem Haia, nem o Eixo do Mal, ninguém", disse, em conferência de imprensa, referindo-se ao processo, mas também aos Hutis e ao Hezbollah, grupos apoiados pelo Irão.

Do lado do Hamas, numa conferência em Istambul, o líder Ismail Haniyeh elogiou o ataque de 7 de outubro, que matou mais 1.200 israelitas e fez 240 reféns. "Não procuramos guerras. Procuramos a liberdade", defendendo que o ataque foi, em parte, uma resposta aos anos de bloqueio de Israel à população da Faixa de Gaza, que o Hamas controla desde 2007.

Artigos Relacionados
Editorial

Só sabemos que não sabemos

Esta ignorância velha e arrastada é o estado a que chegámos, mas agora encontrou um escape. É preciso que a concorrência comece a saber mais qualquer coisa, ou acabamos todos cidadãos perdidos num qualquer festival de hambúrgueres