Sábado – Pense por si

João Almeida e a Volta ao Algarve: "Porque não sonhar?"

"Tendo em conta que vai o Jonas Vingegaard, é um bocado difícil", assume o ciclista português à SÁBADO. Ficará "satisfeito" se terminar no pódio mas promete "dar o melhor para tentar vencer".

"Porque não sonhar? O sonha comanda a vida", diz João Almeida, com um sorriso. O ciclista português que este ano começou a temporada com um pódio na Volta à Comunidade Valenciana, que por pouco não venceu - ficou em 2.º lugar da geral a apenas 18 segundos do colombiano Santiago Buitrago, da Bahrain, à frente de corredores como Pello Bilbao (Bahrain), Thyman Arensman (INEOS), Carlos Rodriguez (INEOS) e Jai Hindley (Red Bull Bora - Hansgrohe) - falava recentemente à SÁBADO sobre a sua participação na Volta ao Algarve, que acontece já esta semana, entre quarta-feira, 19 de fevereiro, e domingo, dia 23.

Szymon Gruchalski/Getty Images

Sobre a participação na prova portuguesa, a segunda que faz em território nacional neste início de temporada depois de ter participado este domingo (16) na Figueira Champions Clássica - prova de um dia espetacularmente vencida por António Morgado, colega de Almeida na Emirates que sucedeu ao belga Remco Evenepoel, vencedor em 2024 -, João Almeida começou por referir: "Tendo em conta que vai o Jonas Vingegaard, é um bocado difícil. Há que ser realista."

Porém, acrescentou: "Mas estou numa forma boa, comecei bem a temporada. Portanto, porque não sonhar? Sonhar comanda a vida [sorri]. Desde que esteja na discussão da corrida, e ali no pódio, já fico satisfeito. Mas vamos dar o nosso melhor para tentar vencer."

Szymon Gruchalski/Getty Images

Almeida apontou ainda Primoz Roglic (Red Bull Bora) - vencedor de uma Volta à Itália e quatro Voltas a Espanha - como outro grande adversário na prova algarvia, além de Vingegaard (Visma-Lease a Bike), que aos 28 anos já venceu duas Voltas a França.

Com 25 equipas presentes, 13 das quais equipas do World Tour - a primeira divisão do pelotão internacional de ciclismo -, a Volta ao Algarve foi vencida nos últimos anos por ciclistas de primeira linha como Remco Evenepoel (2020, 2022 e 2024), Tadej Pogacar (2019), Primoz Roglic (2017), Geraint Thomas (2015 e 2016) e Alberto Contador (2009 e 2010).

Este ano, o ciclista dinamarquês Jonas Vingegaard - que tem como grande objetivo de época recuperar a conquista do Tour, vencido no último ano por Tadej Pogacar - começa a sua temporada de competição na Volta ao Algarve, que vai correr pela primeira vez e onde deverá ter o apoio de colegas como Sepp Kuss, Wout Van Aert, Wilco Kelderman e Tiesj Benoot.

Já Primoz Roglic, vencedor da prova em 2017, tem como grandes objetivos de época a Volta a Itália - é um dos grandes favoritos à vitória na geral - e a Volta à França. Roglic deverá correr esta Volta ao Algarve acompanhado por colegas como Nico Denz, Jan Tratnik, Oier Lazkano e Jordi Meeus.

Além destes dois ciclistas, a Volta ao Algarve deverá contar com ciclistas como Tao Geoghegan Hart (Lidl-Trek), Thymen Arensman, Geraint Thomas, Laurens de Plus e Filippo Gana (INEOS), Arnaud de Lie (Lotto), Neilson Powless e Kasper Asgreen (EF - Education), Biniam Girmay (Intermarché - Wanty), Romain Bardet (Picnic PostNL), Antonio Tiberi (Bahrain) e Ion Izagirre (Cofidis).

No pelotão estarão também ciclistas portugueses como Rui Costa (EF Education), Afonso Eulálio (Bahrain) e Iúri Leitão (Caja Rural), entre muitos outros. João Almeida deverá contar, por sua vez, com o apoio de colegas portugueses na UAE Emirates como António Morgado e os irmãos Ivo e Rui Oliveira, além do austríaco Felix Großschartner, do alemão Nils Politt e do suíço Jan Christen.

Szymon Gruchalski/Getty Images
Artigos Relacionados
GLOBAL E LOCAL

A Ucrânia somos nós (I)

É tempo de clarificação e de explicarmos às opiniões públicas europeias que sem Segurança não continuaremos a ter Liberdade. A violação do espaço aéreo polaco por parte da Rússia, com 19 drones, foi o episódio mais grave da história da NATO. Temos de parar de desvalorizar a ameaça russa. Temos de parar de fazer, mesmo que sem intenção, de idiotas úteis do Kremlin. Se não formos capazes de ajudar a Ucrânia a resistir, a passada imperial russa entrará pelo espaço NATO e UE dentro