Sábado – Pense por si

TAP pagou milhões a consultoras de Neeleman, a CPI quer ver as faturas

Margarida Davim
Margarida Davim 15 de junho de 2023 às 14:21
As mais lidas

Foi aprovado por unanimidade o requerimento do PCP para que a CPI tenha acesso a toda a correspondência e faturação relativas aos pagamentos feitos pela TAP a duas consultoras que assessoraram David Neeleman.

"Já não é comprar o cão com o pelo do mesmo, é comprar com os órgãos internos do cão". Foi assim que o deputado do PCP, Bruno Dias, classificou o negócio que levou a TAP a pagar a duas consultoras pelos serviços de assessoria que prestaram a David Neeleman na compra da companhia aérea.

José Sena Goulão/Lusa

Na audição de quarta-feira, o ex-secretário de Estado Hugo Mendes, confrontado com esta revelação, não deu mais pormenores sobre o pagamento, alegando desconhecer os contratos. No entanto, o PCP apresentou um requerimento para que sejam fornecidos mais dados à CPI sobre esta matéria, na reunião desta quinta-feira.

Os comunistas querem conhecer toda a troca de correspondência e faturação relativa aos pagamentos feitos pela TAP à Boston Consulting e à Seabury. 

Segundo Bruno Dias, só à Seabury foram pagos pela TAP 16 milhões de euros em dois anos, sendo que foi esta consultora quem prestou assessoria ao empresário americano na negociação feita com a Airbus que lhe permitiu angariar os 226 milhões de que precisou para comprar a TAP.

O requerimento foi aprovado por unanimidade, antes do início da audição do ex-ministro das Infraestruturas Pedro Nuno Santos no Parlamento

Artigos Relacionados
Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.