Da lista de vítimas fazem parte cerca 4 mil crianças. António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, afirmou que Gaza se está a tornar num “cemitério de crianças”.
As autoridades de saúde palestinianas anunciaram esta segunda-feira que o número de mortos causado pelos ataques israelitas ultrapassou os 10 mil. Entre as vítimas mortais, encontram-se 4.104 crianças. A ONU apela a um cessar-fogo humanitário.
EPA
"Toda uma população está cercada e sob ataque, sem acesso aos bens essenciais para a sobrevivência, bombardeada nas suas casas, abrigos, hospitais e locais de adoração. Isto é inaceitável", afirmaram esta segunda-feira 18 dirigentes de organizações de dentro das Nações Unidas, como a Organização Mundial de Saúde ou o Alto-Comissariado para os Refugiados. "Precisamos de um cessar-fogo humanitário imediato. Já se passaram 30 dias. Já chega. Isto deve parar agora."
Em declarações à imprensa, o secretário-geral das Nações Unidas António Guterres disse também que Gaza está a tornar-se num "pesadelo" e num "cemitério de crianças". O diplomata português garante agora estar "profundamente preocupado" com todas as "violações do direito humanitário internacional".
As operações terrestres e os bombadeamentos de Israel mataram civis e atingiram hospitais, campos de refugiados, mesquitas e igrejas. Ainda que sejam enviados diariamente cerca de 20 camiões de ajuda humanitária, o abastecimento parece não satisfazer as necessidades da população.
Algumas organizações internacionais garantem que a água e os alimentos já se estão a esgotar e que há até hospitais a entrar em colapso por não conseguirem lidar com todos os feridos. Segundo a ONU, seria necessário o envio de 100 camiões por dia ao invés de 20.
"Estamos a trabalhar de forma muito agressiva para conseguir mais assistência humanitária em Gaza e temos formas muito concretas de o fazer. Penso que nos próximos dias iremos poder ver que a assistência se poderá expandir de uma forma significativa", disse esta segunda-feira o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, durante uma visita à Turquia.
Por enquanto, os habitantes de Gaza limitam-se apenas a sobreviver com o que têm e a procurar vítimas ou sobreviventes nos escombros. "Toda a noite eu e outros homens estivemos a tentar tirar os mortos dos destroços. Encontrámos crianças, desmembradas, carne desfeita", afirmou Saeed al-Nejma, de 53 anos, à agência de notícias Reuters, após um ataque a umcampo de refugiados.
Ainda que a maioria das vítimas tenha sido alvo de ataques terrestres, existem dezenas de pessoas que já morreram devido a ataques aéreos israelitas, garante o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza.
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