A ONU alertou para a "catástrofe de saúde pública iminente" em Gaza, uma vez que os hospitais não têm capacidade para lidar com o aumento das vítimas.
O diretor do Hospital Indonésio em Gaza avançou que ataques israelitas mataram mais de cinquenta palestinianos e deixaram 150 feridos no campo de refugiados de Jabalia, no norte do país, esta terça-feira. Os militares israelitas não comentaram o alegado ataque.
REUTERS/Fadi Whadi
Jabalia é o maior dos oito campos de refugiados da Faixa de Gaza e é densamente populado, contando com cerca de 116 mil refugiados numa área de apenas 1,4 quilómetros quadrados, referem os dados das Nações Unidas (ONU). O campo alberga três das escolas geridas pela ONU no enclave, que entretanto foram convertidas em abrigos para as centenas de famílias que se juntaram às já antes deslocadas.
As autoridades de Gaza já tinham denunciado ataques ao campo nos dias 9, 12, 19 e 22 de outubro.
A ONU tem alertado para a "catástrofe de saúde pública iminente" dentro da Faixa de Gaza onde os hospitais não têm capacidade para lidar com o aumento das vítimas e a escassez de alimentos, medicamentos, água potável e combustível.
Também o campo de refugiados de Nuseirat, no centro de Gaza, terá sido atacado e existem pelos menos quinze mortos e dezenas de feridos.
Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelita, tem recusado os apelos internacionais para a suspensão dos combates e preferido intensificar os combates dentro do território da Faixa de Gaza. Israel garante que vai continuar a lutar contra os militantes armados do Hamas, com o principal objetivo de recuperar os mais de 200 reféns.
Acredita-se que pelo menos alguns desses reféns estejam dentro do complexo esquema de túneis construídos pelo Hamas sob Gaza, o que aumenta a dificuldade da ofensiva. Israel diz que é nestes túneis que se encontram os principais centros de operações do Hamas, alguns debaixo de hospitais - algo negado pelo grupo terrorista.
"No último dia as Forças de Defesa de Israel atingiram aproximadamente 300 alvos, incluindo mísseis antitanque e postos de lançamento de mísseis, bem como complexos militares dentro de túneis subterrâneos pertencentes à organização terrorista Hamas", afirmou o comunicado militar publicado esta manhã.
Já o Hamas partilhou que os seus combatentes estão envolvidos em batalhas ferozes com as forças terrestres israelitas: "A ocupação está a empurrar os seus soldados para a orgulhosa Gaza, que será sempre o cemitério dos invasores". O braço armado do Hamas também confirmou os confrontos esta terça-feira, garantindo que as forças israelitas já invadiram o sul de Gaza, apesar de terem pedido aos civis para se deslocarem para sul, onde seria mais seguro.
O Ministério da Saúde de Gaza afirma que já morreram mais de 8.500 pessoas, 3 542 delas crianças, desde os ataques de 7 de outubro. A ONU também já avançou que mais de metade da população de Gaza (1.4 milhões num universo de 2.3 milhões) ficou desalojada.
Já em Israel o ataque do Hamas terá levado à morte de cerca de 1.400 pessoas.
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