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Especialista em relações internacionais garante à SÁBADO que a notícia da morte dos reféns, que seriam libertados, vem mudar o rumo do cessar-fogo. Defende que se o governo israelita não colocar um fim às treguas, que o país vai continuar a "recolher cadáveres".
Israel anunciou na passada segunda-feira (27) que oito dos reféns, que seriam libertados na primeira fase do acordo de cessar-fogo com o Hamas,morreram. Segundo o especialista em relações internacionais José Filipe Pinto este anúncio poderá colocar agora um fim às tréguas entre o país e o grupo terrorista.
REUTERS/Hatem Khaled
"O que estava inicialmente previsto era a entrega de 33 reféns, em princípio vivos, mas acontece que oito estão mortos. É claro que estas mortes podem ter acontecido por causas naturais, mas a maioria deverá estar relacionada com bombardeamentos por parte das forças israelitas ou até mesmo tentativas de fuga. Por isso, é evidente que esta notícia vai implicar a curto prazo o fim do acordo para o cessar-fogo", começa por defender José Filipe Pinto em resposta à SÁBADO.
Israel já acreditava que dois terços dos 100 reféns mantidos na Faixa de Gaza, desde 7 de outubro de 2023, estariam mortos. Contudo, quando questionado sobre se estas mortes poderão significar a troca de menos prisioneiros palestinianos por parte de Israel, o especialista garante apenas que não se irá assistir à conclusão da primeira fase do acordo. "Vamos assistir a que a primeira fase não seja sequer concluída. O cessar-fogo será objeto de cessação", acredita.
Esta não é a primeira vez que se aborda o fim das tréguas entre Israel e o Hamas. Este é, aliás, um alerta que tem sido deixado quer por vários especialistas quer por países como os Estados Unidos, que mostraram ter um papel fundamental nas negociações entre os envolvidos no conflito. Segundo José Filipe Pinto, caso o cessar do acordo não aconteça, Israel irá assistir à contínua "recolha de cadáveres".
"Este novo dado referente à morte dos oito reféns condiciona todo o processo negocial da segunda fase do acordo de cessar-fogo, isto porque Israel corre o risco de continuar a recuperar cadáveres", aponta ao acrescentar que o governo israelita não o irá permitir. "O governo de Netanyahu é uma coligação que inclui três partidos de extrema-direita e dois ultra-conservadores, e numa situação destas, junto destes setores, tenho a certeza que vai haver a rejeição completa do acodo."
Em causa, estará a demonstração da "má fé" por parte do grupo terrorista, justifica o professor catedrático. "O que irá precisamente causar a cessação do acordo de cessar-fogo é a acusação de uma das partes estar a agir de má fé."
O acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas teve início a 19 de janeiro e entretanto já foram libertadas sete mulheres, entre as quais quatro soldados.
Por cada refém libertado são também soltos 30 prisioneiros do lado de Israel, e um soldado libertado equivale à libertação de 50 prisioneiros. Para a próxima quinta-feira, 30 de janeiro, está prevista a libertação de mais duas mulheres e um homem.
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