Alemayehu da Etiópia foi enterrado no Castelo de Windsor no século XIX.
O Palácio de Buckingham recusou aceder a pedido de transladação do corpo do príncipe Alemayehu da Etiópia da Capela de St. George, no Castelo de Windsor, para o seu país de origem. Em comunicado, o porta-voz da família real diz que tal açaão poderia "afetar o descanso dos outros enterrados nas catacumbas".
Getty Images
De acordo com aBBC, o pedido foi feito pelos descendentes de Alemayehu que asseguram que o príncipe permaneceu no Reino Unido "forçado" pelo que deveria regressar "ao país que o viu nascer". O caso torna-se mais sensível tendo em consideração o passado histórico entre o Reino Unido e a Etiópia.
Em 1862 o imperador Tewodros II, pai de Alemayehu, quis formar uma aliança com os britânicos mas nunca obteve qualquer resposta. Como arma de retaliação decidiu fazer reféns vários europeus, o que levou o Reino Unido a responder com uma expedição militar com mais de 13 mil homens.
A fortaleza de Tewodros, em Maqdala, foi cercada, milhares de artefactos saqueados, bem como peças de ouro, manuscritos e outros bens preciosos. Tewodros II, quando se apercebeu que havia perdido o poder, acabou por se suicidar. A sua esposa, a imperatriz Tiruwork Wube, e o seu filho foram levados para o Reino Unido.
No caminho, Alemayehu, de apenas sete anos, ficou órfão tendo a rainha Vitória assegurado a sua educação. O infante viria a morrer aos 18 anos (do que se pensa ter sido uma pneumonia), acabando por ficar enterrado no Castelo de Windsor.
"Ele foi retirado da Etiópia, de África, da terra dos negros e permaneceu no Reino Unido como se não tivesse casa. Nós queremos que ele regresse, não queremos que permaneça num país estrangeiro. Ele teve uma vida triste. Se eles concordarem em devolver os seus restos mortais será como se tivesse voltado em vida para casa", explicou um dos seus descendentes, Abebech Kasa, àBBC.
Em 2007, o presidente da Etiopia Girma Wolde-Giorgis já havia pedido à rainha Isabel II para que o corpo fosse transladado mas não recebeu resposta positiva. Agora, resta esperar que Carlos III tenha uma decisão diferente.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Brigitte e Emmanuel nada têm a ganhar com este processo que empestará ainda mais a atmosfera tóxica que rodeia o presidente, condenado às agruras políticas de um deplorável fim de mandato
O Chega está no centro do discurso político e comunicacional português, e bem pode o PSD querer demarcar-se a posteriori (e não quer muito) que perde sempre. A agenda política e comunicacional é a do Chega e, com a cloaca das redes sociais a funcionar em pleno
É tempo de clarificação e de explicarmos às opiniões públicas europeias que sem Segurança não continuaremos a ter Liberdade. A violação do espaço aéreo polaco por parte da Rússia, com 19 drones, foi o episódio mais grave da história da NATO. Temos de parar de desvalorizar a ameaça russa. Temos de parar de fazer, mesmo que sem intenção, de idiotas úteis do Kremlin. Se não formos capazes de ajudar a Ucrânia a resistir, a passada imperial russa entrará pelo espaço NATO e UE dentro