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Europeias: Fenprof apela aos professores para castigar partidos que os penalizaram

Mário Nogueira defende que os professores assumam um "voto de protesto contra aqueles que têm vindo a penalizar", nomeadamente PS, PSD e CDS-PP que votaram contra a reposição integral do tempo de serviço.

O secretário-geral daFenprof, Mário Nogueira, apelou esta sexta-feira aos professores para que levem a sua luta até às urnas, nas eleições europeias no domingo, castigando os partidos que têm penalizado os docentes.

Mário Nogueiradefendeu hoje, em Coimbra, que os professores assumam um "voto de protesto contra aqueles que têm vindo a penalizar [os docentes]", nomeadamente PS, PSD e CDS-PP que votaram contra a reposição integral do tempo de serviço.

"Penalizemos aqueles que têm penalizado os professores", disse Mário Nogueira à agência Lusa no final do último dos cinco "Comícios da Indignação" convocados pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof) e que decorreu na Praça 8 de Maio.

Já no discurso, o secretário-geral da Fenprof tinha feito esse mesmo apelo: "No próximo domingo, devemos levar a luta até ao voto, castigando aqueles que tanto nos têm penalizado".

"O voto não é como ir à feira comprar uma rifa. É uma coisa séria que tem a ver com a nossa vida. Neste caso, tem a ver com a nossa representação naEuropae é preciso que a nossa representação seja feita por quem não está lá para se curvar perante todos os critérios que Bruxelas impõe e que depois, transpostos para o nosso país, levam a que os portugueses sejam penalizados, como aconteceu agora com os professores e o tempo de serviço", afirmou à Lusa Mário Nogueira.

O secretário-geral apelou ainda para que os professores se dirijam às urnas com um crachá com referência aos nove anos, quatro meses e dois dias (o tempo de serviço congelado) ou com um autocolante e que fotografem esse momento para que possa circular na internet "a indignação e o protesto dos professores".

Mário Nogueira criticou ainda o Governo pela "interpretação perversa" que está a ter da recuperação dos dois anos, nove meses e 18 dias descongelados, a partir de um conjunto de "Perguntas Frequentes" divulgado esta semana nas escolas peloMinistério da Educação.

Segundo o dirigente sindical, este documento mostra que o Governo tem como objetivo "roubar ainda mais para além dos seis anos e meio que rouba" do tempo de serviço congelado, através da interpretação da aplicação dos dois decretos possíveis de serem usados.

"O Governo prepara-se para prejudicar ainda mais os docentes, adiando a sua progressão por tempo indeterminado ou eliminando mais tempo de serviço, para além daquele que já apagou", vincou, referindo que foi feito hoje um pedido de reunião de urgência com o Ministério da Educação.

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