
Professores em manifestação em Lisboa para reclamar valorização urgente da carreira
Secretário-geral da federação sindical defende ações imediatas para valorizar a carreira docente e suprir a falta de docentes.
Secretário-geral da federação sindical defende ações imediatas para valorizar a carreira docente e suprir a falta de docentes.
A profissão é pouco atrativa e nos últimos anos milhares abandonaram o ensino, mas ainda há quem queira dar aulas. Conheça três jovens em contracorrente e as suas motivações.
Na semana passada, a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) insistiu que há mais professores em falta no arranque deste ano letivo do que no anterior, afirmando que os horários a concurso correspondem a mais de 100 mil alunos.
Segundo a Fenprof existe mesmo um agrupamento da zona de Lisboa onde hoje de manhã ainda faltam colocar 12 professores do 1.º ciclo.
Segundo Fernando Alexandre, neste momento, deverá haver cerca de mil horários completos por preencher nas escolas.
A reforma proposta pelo Ministério da Educação corta o número de entidades que respondem diretamente ao Governo.
No ano passado "havia 164 horários sem professores atribuídos, e agora há mais de três mil", alertou José Feliciano Costa, secretário-geral da Fenprof.
A partir do próximo ano letivo, Cidadania e Desenvolvimento vai passar a ser regulada por Aprendizagens Essenciais, em linha com uma nova Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania, que vão substituir os atuais documentos orientadores da disciplina.
O ministro da Educação apresentou às 12 organizações sindicais que representam os professores a proposta de alteração ao apoio atribuído a professores deslocados.
Associações desvalorizam o relatório da KPMG sobre a incapacidade de saber quantos alunos não têm aulas e pedem ao Governo medidas com efeitos a longo prazo.
A procura de explicações de preparação para as provas aumentou 8% em relação ao ano passado. A capacidade de resposta diminuiu devido à falta generalizada de professores. Apoios a Matemática, Física e Química, Biologia e Português são os mais pedidos.
Há turmas que não tiveram docentes da disciplina de que os estudantes vão ter exame nacional no final do 2º ciclo e no 12º ano. São os pais que estudam com os filhos e outros têm de recorrer a centros de explicação para os alunos não serem prejudicados por não terem quem lhes dê aulas.
José Feliciano Costa sublinhou que é preciso perceber o que vai fazer o ministério, que ainda só falou em compensação de aulas perdidas e não em prolongamento do ano letivo.
O novo secretário-geral da FENPROF explica porque convocaram uma greve às provas ModA, sublinha que o número de alunos sem professores não é conhecido por motivos políticos, e que é urgente tornar a profissão cativante.
O modelo atual dá às escolas autonomia para definirem os dias em que as provas se vão realizar, referindo apenas períodos de tempo entre os quais o processo das ModA deve estar completo. Ainda assim alguns estabelecimentos terão de deixar os restantes alunos sem aulas.
A Fenprof anunciou a eleição de Francisco Gonçalves e José Feliciano da Costa (Lista A) como secretários-gerais, que vão suceder a Mário Nogueira.