Carla Castro quer um Festival Liberal que rivalize com o Avante! e diz que para os liberais ainda não se cumpriu Abril. "A madrugada pela que esperamos ainda não chegou", disse a candidata que também quer snack-bares liberais perto das faculdades.
"Liberal já foi um palavrão", disse Carla Castro mal chegou ao palco da Convenção da IL, com um discurso enérgico, usando o mesmo tom emplogado que o seu adversário Rui Rocha usou também, com gritos de "liberal" a pontuar as frases ditas nuns decibéis acima do normal.
LUSA
Castro, que tem na moção a proposta de criação de um "festival liberal" que pretende competir com a Festa do Avante! (e até realizar-se nos mesmos dias), começou por falar usando os versos de Sophia de Melo Breyner sobre "o dia inicial inteiro e limpo" que foi o 25 de Abril, para tentar explicar a liberdade que, no seu entender, faz falta a Portugal.
"A madrugada pela que esperamos ainda não chegou", declarou. Carla Castro tem um projeto político em que "a pessoa vem primeiro e o Estado vem depois" e no qual a IL é "um partido que existe para servir as pessoas e não para que as pessoas vivam para Estado".
Para Carla Castro, "o Estado não deve impor limites à felicidade de cada um" e as "pessoas sem liberdade não serão felizes". Reconhecendo que essa liberdade passa também pela liberdade económica de que estão fora as pessoas que se encontram no limiar da pobreza, apresentou como objetivo a redução dessa pobreza, mas não se alongou na explicação sobre como o pretende fazer.
De resto, Carla Castro preferiu proclamações ideológicas genéricas sobre o liberalismo, antes de passar às questões internas, que têm dominado o debate nesta corrida interna.
Tal como Rui Rocha, também prometeu mais proximidade e, acima de tudo, "descentralização" interna, seguindo o mote que a sua candidatura lançou, quando Tiago Mayan se atirou ao centralismo da direção de João Cotrim Figueiredo, acusando-o de fazer parte de um comité central (onde Carla Castro, como membro da Comissão Executiva, também estava).
Para o país, Carla Castro lembrou a importância de "dar corda aos sapatos" para as legislativas, tendo em conta a degradação rápida do Governo PS. "Somos mais do que oposição. Nós somos alternativa. Nós somos um partido de Governo", afirmou.
A intervenção acabou com um longo aplauso, que tornou difícil aferir pelo aplaudómetro quem é o candidato mais popular. Afinal, Carla Castro e Rui Rocha foram ambos muito aplaudidos.
O Avante! do liberalismo e os snack-bares liberais
Paulo Carmona, apoiante de Carla Castro, falou pouco antes dela, anunciando a criação de um Festival Liberal, que está previsto na moção desta candidatura, e que se pretende que seja uma concorrência direta ao Avante!.
"Nós vamos ser melhores do que a Festa do Avante!", disse Carmona, que apresenta esta ideia de fazer um festival nos mesmos dias em que se realiza a festa comunista, diz que o objetivo é captar os jovens para o projeto liberal.
De resto, esta moção de Carla Castro tem outras ideias para chegar aos mais novos. Uma delas é criar "espaços liberais", que podem ser "um café, um snack-bar e restaurante perto de faculdades".
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