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"Todos juntos, vamos virar o país do aviso. Vamos mudar o país", lançou Rui Rocha, num discurso de apresentação da sua moção que é quase um anúncio de vitória. Empolgado e muito aplaudido, Rocha falou do seu "país da Iniciativa Liberal" e fez promessas internas.
Rui Rocha sobressaltou o pavilhão da antiga FIL, em Lisboa, com um "boa tarde, liberais" sonoro, que mais parecia um grito de guerra. Sempre em registo empolgado, o candidato à liderança falou do que imagina ser "o país da Iniciativa Liberal" e fez promessas para agradar a quem se queixa de centralismo e falta de transparência interna.
LUSA
Rocha apresenta um projeto de médio prazo: acabar de vez com o bipartidarismo, num sistema dividido entre PS e PSD. "Não quero fazer cócegas ao sistema. Eu quero mudar Portugal", disse, explicando que não basta ambicionar ser a terceira força política, é preciso ter dimensão para influenciar a governação.
"Queremos lançar as bases para que a IL seja o partido protagonista para o rompimento do bipartidarismo em Portugal", declarou, estabelecendo também metas ambiciosas para as próximas eleições no calendário: as regionais na Madeira.
"Temos de acabar com a ocupação do aparelho do Estado pelos partidos que têm governado o país", afirmou, atirando a PS e PSD pela forma como têm gerido dossiês como os do novo aeroporto de Lisboa ou os debates quinzenais.
"Não queremos apenas eleger o primeiro deputado na Madeira, queremos eleger o primeiro grupo parlamentar na Madeira", lançou, explicando que o objetivo é o mesmo para os Açores, onde o partido já tem um deputado, com o acordo de apoio parlamentar ao Governo PSD, que também é apoiado pelo Chega. Mas sobre o partido de André Ventura nem uma palavra.
Rocha prefere falar do PS e do "país de António Costa", que vê como um país cheio de problemas, das listas de espera na saúde à emigração forçada dos jovens, da asfixia dos impostos à falta de autonomia das escolas.
Por oposição, descreve um país imaginado. O "país da Iniciativa Liberal" que está na cabeça de Rui Rocha tem acesso à saúde, combate à emigração jovem, escolha da escola, licenciamentos simplificados na construção e um plano de ferrovia com comboios a chegar até Viseu. Ideias de como lá chegar? Não se ouviram.
As promessas para dentro do partido
O que Rui Rocha anunciou de forma clara foram as promessas para dentro, como resposta às críticas que têm sido feitas pelos apoiantes de Carla Castro, a sua principal adversária, que têm atacado o centralismo e a falta de transparência na gestão interna do partido.
"Queremos descentralizar o partido", garantiu com uma promessa: "baixamos as quotas, mas ao mesmo tempo aumentamos o financiamento dos núcleos". Parece ousado, mas este aumento de 30% nas transferências para os núcleos da IL, assevera Rocha, é sustentável. "Fizemos as contas", garantiu.
Rui Rocha também promete andar pelo país em contacto permanente com os membros do partido. Rocha anunciou que, se for eleito, fará "reuniões periódicas trimestrais com os núcleos".
"Vamos estar todos juntos periodicamente", prometeu, depois de ter admitido que é preciso melhorar, mas sem embarcar nas críticas que os seus adversários têm feito à atual direção. Rocha assume-se como o candidato da continuação do legado de João Cotrim Figueiredo.
"Sim, o partido tem de melhorar, o partido tem de estar mais na rua. Mas não devemos nada a ninguém. O partido teve sucesso também porque esteve na rua", disse logo no arranque de um discurso que foi longamente aplaudido e no qual houve espaço para elogios a Cotrim e à sua "qualidade" e até "sobriedade".
Rui Rocha não quer um partido divido e nisso faz declarações em tudo semelhantes às que Carla Castro deixou num cartaz em cima de uma carrinha à porta da antiga FIL. "É unidos que vamos sair desta Convenção, desta extraordinária Convenção, seja qual for o resultado", disse Rocha, que durante a campanha só não esteve no núcleo de Arouca.
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