O encontro entre os líderes dos EUA e da Síria é o primeiro em 25 anos, e representa um ponto de viragem para o país do Médio Oriente.
Na sua visita à Arábia Saudita, Donald Trump encontrou-se com o presidente interino da Síria, Ahmad al-Sharaa, esta quarta-feira. Esta reunião representa um ponto de viragem para o país do Médio Oriente que em dezembro do ano passado viu a queda do regime da família Assad, que durou mais de 50 anos.
O encontro deu-se um dia depois do líder norte-americano ter anunciado que ia levantar as sanções à Síria, algo que pode aliviar o estrangulamento económico do país arrasado por guerras civis e instabilidade política.
Trump e al-Sharaa falaram durante cerca de hora e meia, antes da cimeira que une os líderes do golfo na Arábia Saudita, segundo um oficial da Casa Branca. Em conversa com jornalistas, o presidente dos EUA elogiou o líder sírio dizendo que ele era um "rapaz jovem e atraente", um "tipo duro" com um "passado muito forte" e um "lutador".
Em janeiro de 2025, al-Sharaa, cujo nome de guerra é Abu Mohammed al-Golani, foi nomeado presidente de facto pelo governo de transição depois de ter lutado com os rebeldes na insurreição que levou à queda de Assad. No entanto, no passado esteve ligado à al-Qaeda e até se chegou a juntar aos rebeldes que lutaram contra as forças norte-americanas no Iraque antes de lutar na guerra da Síria.
Segundo o jornal norte-americano, The New York Times, os EUA designaram este grupo militante como uma organização terrorista, e até há cinco meses tinham uma oferta de recompensa de até 10 milhões de dólares por informações sobre o atual presidente sírio.
De acordo com um sumário da reunião feito por Karoline Leavitt, a assessora de imprensa da Casa Branca, Trump disse ao líder sírio que "ele tem a oportunidade de fazer algo histórico no seu país". O presidente também alertou al-Shara para tomar medidas para normalizar as relações da Síria com Israel.
Um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros sirio descreveu a reunião como "histórica" e disse que Trump tinha afirmado que a administração de Washington está "empenhada em desempenhar um papel positivo e construtivo durante este período sensível".
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