Para o ministro dos Negócios Estrangeiros, é "urgente retomar o cessar fogo, a entrada maciça de ajuda e a libertação dos reféns".
O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Rangel, condenou esta quarta-feira o "bloqueio à ajuda humanitária" e a "expansão de operações militares" por Israel em Gaza, alertando para o "agravamento da terrível crise humanitária" no enclave palestiniano.
TIAGO PETINGA/LUSA
"Diante do agravamento da terrível crise humanitária em Gaza, o MNE Paulo Rangel reitera a condenação do bloqueio à ajuda humanitária e da expansão de operações militares por parte de Israel", pode ler-se, numa publicação da diplomacia portuguesa na sua conta na rede social X.
Para Paulo Rangel, é "urgente retomar o cessar fogo, a entrada maciça de ajuda e a libertação dos reféns".
Também hoje, o secretário-geral da ONU, António Guterres, apelou novamente para um cessar-fogo na Faixa de Gaza, para a libertação dos reféns e "um acesso humanitário sem entraves" ao território palestiniano.
O chanceler alemão, Friedrich Merz, exortou, por sua vez, "todas as partes envolvidas" a impedir o mais rapidamente possível "uma fome" em Gaza, um apelo repetido pelo Conselho Central dos Judeus na Alemanha, que instou o Governo israelita a assumir as responsabilidades para com os civis.
Já a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, considerou hoje que a situação humanitária na Faixa de Gaza é "cada vez mais dramática e injustificável", afirmando discordar das "propostas recentes" de Israel de intensificar a ofensiva no enclave palestiniano.
Na segunda-feira à noite, o Presidente francês, Emmanuel Macron, emitiu críticas bastante fortes ao Governo de Benjamin Netanyahu, classificando a operação na Faixa de Gaza como "inaceitável e uma vergonha".
Num discurso perante soldados na reserva na segunda-feira, o primeiro-ministro israelita avançou que "nos próximos dias" as forças israelitas entrarão "com toda a força para concluir a operação e derrotar o Hamas".
Netanyahu acrescentou que o seu gabinete estava a trabalhar para encontrar países dispostos a aceitar os habitantes de Gaza, mostrando-se confiante de que "mais de 50%" irão embora, e "ainda mais".
Em 05 de maio, Israel anunciou uma nova campanha militar que "conquistaria" Gaza e exigiria o deslocamento interno da "maioria" dos habitantes do pequeno território.
O conflito em Gaza foi desencadeado pelos ataques liderados pelo grupo islamita palestiniano em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, onde fez cerca de 1.200 mortos, na maioria civis, e dezenas de reféns.
Em retaliação, Israel lançou uma operação militar na Faixa de Gaza, que já provocou cerca de 53 mil mortos, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, e deixou o território destruído e a quase totalidade da população deslocada.
As partes mantêm canais de negociação com os mediadores internacionais para uma nova suspensão das hostilidades e libertação dos reféns ainda em posse do Hamas, mas não chegaram a acordo.
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