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ONG's: Quando os benfeitores são parciais

Maria Henrique Espada
Maria Henrique Espada 02 de dezembro de 2023 às 10:00

Há Organizações Não Governamentais e agências da ONU que ignoraram os reféns até não ser mais possível e não designam o Hamas como terrorista. Israel tem registado as falhas. Ou o “desequilíbrio”. E acusa-as de falta de isenção.

No dia 26, o autocarro da Cruz Vermelha que transportou prisioneiros palestinianos libertados por Israel, em troca dos reféns do Hamas em Gaza, entrou na Cisjordânia e foi cercado por uma multidão em júbilo. E também foi decorado com as bandeiras verdes do Hamas. O momento é só uma imagem, mas encaixa na enorme desconfiança na sociedade israelita para com muitas ONG's (Organizações Não Governamentais) e até agências da ONU, a quem acusam de parcialidade no conflito. A 9 de novembro, à porta das instalações da Cruz Vermelha em Telavive, houve uma manifestação em que cerca de mil médicos e enfermeiros israelitas exigiam à organização que visitasse os reféns, ou que pelo menos fosse mais vocal a exigir ao Hamas que a deixasse visitá-los. Dias antes, o ministro dos Negócios Estrangeiros Eli Cohen acusara a Cruz Vermelha de ter uma atitude “desequilibrada”.

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