Político e empresário tinha 86 anos e tinha sido diagnosticado com leucemia, estava internado desde sexta-feira. Funeral de estado será quarta-feira na Catedral de Milão.
Silvio Berlusconi morreu, esta segunda-feira, no hospital San Raffaele, em Milão.
Segundo avança o Corriere Della Sera, o líder do partido Forza Italia, de 86 anos, encontrava-se internado desde sexta-feira devido à leucemia que lhe tinha sido diagnosticada há uns meses. Recentemente tinha passado por uma recuperação de 45 dias que envolveu internamento nos cuidados intensivos, devido a uma pneumonia.
O jornal italiano La Repubblica indica que o político italiano e magnata dos media terá morrido às 9h30 da manhã (8h30, em Lisboa), citando fontes próximas da família. A imprensa italiana dá conta de que os filhos e o irmão Paolo foram vistos a entrar no hospital esta manhã.
O corpo do ex-político vai ser transportado ainda hoje do hospital para a sua casa privada em Arcore, na Lombardia. O funeral de estado decorre na quarta-feira na catedral de Milão. O presidente da República italiano, Sergio Mattarella, já confirmou a sua presença nas cerimónias fúnebres.
Três vezes primeiro-ministro de Itália (1994 e 95, 2001 e 2006, e 2008 e 2011), Berlusconi fica ligado à história política do país transalpino das últimas décadas. Além disso, deixa a sua marca como empresário da construção civil, magnata da televisão, presidente de Milão e depois de Monza e fundador do partido Forza Italia.
Conhecido como "um matador absoluto", Il Cavaliere foi ainda arguido em vários processos.
A rede de televisão de que Berlusconi foi fundador e que é presidida pelo filho, a Mediaset, também confirmou a notícia. De lágrimas nos olhos os jornalistas Federica Panicucci e Francesco Vecchi confirmaram a morte do magnata e anunciaram um especial em honra do fundador da empresa.
Também o antigo primeiro-ministro Matteo Renzi reagiu no Twitter. "Silvio Berlusconi fez história neste país. Muitos o amaram, outros tantos o odiaram: todos devem reconhecer hoje que o seu impacto na vida política, mas também económica, desportiva, televisiva não tem precedentes. Hoje Itália chora junto com a família, aos seus amigos, às suas empresas, ao seu partido. A todos aqueles que gostavam dele o meu abraço mais afetuoso e sincero. Nestes momentos recordo os nossos encontros, os muitos conselhos, os nossos acordos e os nossos desacordos."
A atual primeira-ministra italiana, Georgia Meloni, que está no poder juntamente com o partido de Berlusconi, também reagiu à notícia numa mensagem de vídeo. "Silvio Berlusconi era sobretudo um combatente, era um homem que não tinha medo de defender as suas convicções e foram precisamente a sua coragem e a sua determinação que fizeram dele um dos homens mais influentes da história de Itália, que lhe permitiram fazer verdadeiros avanços no mundo da política, da comunicação e dos negócios. Com ele, Itália aprendeu que não devia limitar-se. Aprendeu que não se devia dar por vencida. Com ele combatemos, vencemos e perdemos muitas batalhas. E também por ele levaremos a bom porto os objetivos que, juntos, nos propusemos. Adeus Silvio."
Notícia atualizada às 12h51 com informações sobre o dia e o local do funeral.
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