Dados revelam que, até 2030, será praticamente impossível atingir a meta da ONU relativa à paridade de género.
Os números são daOrganização das Nações Unidas(ONU) e revelam uma estagnação total. Na última década a desigualdade de género permaneceu exatamente igual, com a manutenção de preconceitos e pressões culturais que impedem o empoderamento das mulheres.
António Pedro Santos / LUSA
Se por um lado o mundo tem vindo a assistir a um aumento de movimentos feministas como o MeToo, por outro as crises económicas e humanitárias continuam a ser um entrave à mudança. A Covid-19 foi outra das problemáticas, com cada vez mais mulheres a perderem rendimentos e a ficarem em situações de precariedade.
E os números são reveladores do problema. Quase nove em cada dez pessoas têm preconceitos fundamentais contra mulheres, um número que permaneceu praticamente inalterável nos últimos anos. Cerca de 50% da população mundial considera os homens "melhores líderes políticos" e perto de 43% diz que são "melhores nos negócios". Quanto à violência, uma em cada quatro pessoas considera aceitável um homem bater numa mulher.
A educação continua a ser apontada como um pilar fundamental para a mudança mas, mesmo nos países mais desenvolvidos, os homens recebem cerca de 39% vezes mais que as mulheres. Os valores mantêm-se mesmo nos países onde o género feminino é mais instruido.
O relatório do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas foi elaborado através dos dados do World Values Survey (WVS) que analisaram perto de 85% da população global entre os periodos de 2010-2014 e 2017-2022.
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