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Saiba como o bilionário magnata italiano Silvio Berlusconi e antigo primeiro-ministro da Itália dividiu os seus bens.
Chegou a hora da verdade – quem ficou com o quê no testamento de Silvio Berlusconi? Os pormenores sobre a forma como o bilionário magnata italiano dividiu os seus bens foram tornados públicos esta quinta-feira, depois de ter sido aberto o testamento do antigo primeiro-ministro, que morreu a 12 de junho. A primeira leitura, contudo, foi na quarta-feira, 5 de julho, na presença de dois advogados que representam os filhos.
REUTERS/Guglielmo Mangiapane
Segundo diz a lei italiana, os herdeiros do falecido têm direito a herdar dois terços do seu património em partes iguais. No entanto, o restante terço pode ser dividido como o proprietário bem entender, neste caso, como Berlusconi quis.
Estamos a falar de uma fortuna de 6,24 mil milhões de euros, dos quais cerca de dois terços estavam na posse daholdingFininvest, de acordo com os cálculos daForbes. Numa carta, num envelope selado e endereçado aos filhos, escrita no dia 19 de janeiro de 2022, quando ia a caminho do San Raffaele para ser hospitalizado depois de lhe ter sido diagnosticada leucemia, escreveu aos seus filhos (em falta estava o nome de Luigi): "Se eu não regressar, tomem nota do seguinte".
E foi depois desta frase que começaram as repartições. Berlusconi dividiu em partes iguais pelos seus cinco filhos dois terços da participação de 61,3% que detinha na Fininvest, cujos ativos incluem investimentos na empresa de corretagem MFE-MediaForEurope MFEB.MI, na sociedade gestora de ativos Banca Mediolanum BMED.MI e no clube de futebol da Serie A Monza. Assim, cada um dos cinco filhos recebe uma participação adicional da Fininvest de pouco mais de 8%, além do que já possuíam.
O restante terço da sua participação – cerca de 20% da Fininvest – deixou-os aos seus filhos mais velhos, Marina e Pier Silvio, em montantes iguais. Motivo? Ambos do seu primeiro casamento, são os únicos dois que participam ativamente nos negócios da família. Agora, tendo em conta que Marina e Pier Silvio já detinham 7,65% da Fininvest cada um, isto é, um total de 15,3%, com o restante, controlam a maioria da Fininvest, o que significa que podem tomar em conjunto qualquer decisão sobre o futuro da empresa.
O resto do património – propriedades e obras de artes - foi dividido a partir da mesma lógica, ou seja, os seus dois filhos mais velhos partilham cerca de 60% dos bens e os três mais novos os restantes 40%.
Berlusconi deixou também 100 milhões de euros à sua última companheira, Marta Fascina, a quem chamou esposa no leito de morte, mas com quem não tinha casado legalmente. Ao irmão mais novo, Paolo, deixou 100 milhões de euros. A Marcello Dell'Utri, um amigo dos seus tempos de universidade e assessor de longa data, deixou €30 milhões e o espanto foi grande. "Quando o notário me telefonou esta manhã, fiquei chocado com a notícia, não a esperava porque ele não me devia nada. O afeto manteve-se mesmo sem este gesto material, o que mostra a grandeza do homem", disse Marcello Dell'Utri.
Três vezes alterado
O certo é que existem três testamentos registados no notário Roveda, em Milão. Estes terão sido deixados em alturas diferentes. Assim, o primeiro, datado de 2 de outubro de 2006, diz respeito ao destino da parte da herança disponível para Marina e Pier Silvio, sendo o restante dividido pelos cinco filhos, sempre em partes iguais. Já o segundo testamento é datado de 5 de outubro de 2020 e é aquele em que se acrescenta o legado de 100 milhões ao irmão, Paolo. No último aditamento, há doações para Marta Fascina e Marcello dell'Utri.
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