A Delta Air Lines disse que iria cancelar cerca de 170 voos e a American Airlines planeava cortar 220 ligações por dia até segunda-feira.
A ordem inédita da Administração Federal de Aviação (FAA) para reduzir os voos nos Estados Unidos, devido àquela que é já a mais longa paralisação do governo federal, entrou em vigor nesta manhã de sexta-feira.
Cancelamentos de voos nos EUA devido à paralisação do governo afetam aeroportos e viagensAP Photo/Matt Rourke
As companhias aéreas estão desde quinta-feira a cancelar ligações, antecipando-se à decisão da FAA, enquanto os passageiros aguardam para saber se os seus voos se vão realizar durante o dia de hoje e no fim de semana.
Mais de 815 voos foram cancelados em todo o país, de acordo com a FlightAware.
A Delta Air Lines disse que iria cancelar cerca de 170 voos durante o dia e hoje, e a American Airlines planeava cortar 220 ligações por dia até segunda-feira.
Apesar do cancelamento de centenas de voos, o presidente Donald Trump não está impedido de viajar. Deverá chegar ainda esta sexta-feira a Palm Beach, na Florida, para passar o fim de semana em Mar-a-Lago, o seu 'resort' privado.
A FAA indicou que as reduções nas ligações aéreas começariam em 4% e aumentariam para 10% do total dos voos programados até 14 de novembro, afetando todas as companhias aéreas comerciais.
Os 40 aeroportos abrangidos pela determinação da FAA situam-se em mais de duas dezenas de estados e incluem cidades como Atlanta, Dallas, Denver, Los Angeles, Miami e Newark.
Os cortes nas ligações são necessários para aliviar a pressão sobre os controladores de tráfego aéreo, que continuam a trabalhar desde 01 de outubro sem receber salário.
Um número crescente de profissionais começou a faltar ao trabalho, à medida que a pressão financeira e o cansaço aumentam, e outros estão ao serviço seis dias por semana, cumprindo horas extraordinárias obrigatórias.
O administrador da FAA, Bryan Bedford, afirmou esta semana que este tipo de medidas nunca foi tomada nos seus quase quarenta anos de experiência na área da aviação. "Estamos em território desconhecido em termos de paralisações governamentais", disse.
Os problemas com o tráfego aéreo causaram atrasos em diversos voos durante o mês de outubro, mas o último fim de semana trouxe um agravamento da situação, quando pelo menos 39 centros de controlo reportaram possíveis limitações de pessoal, um número muito superior à média dos fins de semana anteriores à paralisação, segundo a Associated Press.
O analista do setor Henry Harteveldt alertou que estas reduções nos voos "terão um impacto percetível em todo o sistema de transporte aéreo dos EUA".
Devido à procura de alternativas aos voos cancelados, a Hertz está a registar um aumento de mais de 20% no aluguer de automóveis para viagens apenas de ida.
O presidente executivo (CEO) da Hertz, Gil West, instou o Congresso a restabelecer a segurança para os viajantes, afirmando que "cada dia de atraso cria transtornos desnecessários".
O impasse orçamental nos EUA, que entrou no 38.º dia, a par da inflação e do mercado de emprego, são fatores que ajudam a explicar a derrota dos republicanos nas eleições de terça-feira.
Os democratas tiraram partido das preocupações dos eleitores com a economia para vencerem os sufrágios para governador nos estados de Nova Jérsia e da Virgínia, transformando o que tinha sido um ponto forte de Donald Trump, na eleição presidencial de 2024, numa vulnerabilidade para as eleições intercalares do próximo ano.
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