Dentro e fora do Capitólio, tem vindo a aumentar a pressão para o fim da paralisação, incluindo de sindicatos, face à suspensão ou falta de pagamento a centenas de milhares de funcionários federais, cancelamento de voos em aeroportos e, desde os últimos dias, interrupção do Programa de Assistência Nutricional Suplementar (SNAP) para 42 milhões de norte-americanos de baixos rendimentos.
As negociações no Congresso norte-americano sobre um acordo para financiar agências estatais paralisadas intensificaram-se, mas democratas e republicanos divergem ainda significativamente sobre como acabar com uma paralisação que é já a mais longa da história do país.
No 37º dia de paralisação, o líder da maioria republicana no Senado, John Thune, decidiu manter a câmara alta em sessão, possivelmente durante o fim de semana, enquanto promove um acordo que permitiria restabelecer financiamento a algumas agências que gerem programas consensuais para os dois partidos.
Segundo a agência AP, o Presidente Donald Trump instou os senadores republicanos, num pequeno-almoço na Casa Branca na quarta-feira, a terminar a paralisação, que considerou um "fator negativo importante" para o mau resultado do partido nas eleições de terça-feira.
Os senadores democratas, que já votaram 14 vezes contra uma proposta unilateral republicana para reabertura do governo, saíram da sua segunda reunião de bancada da semana divididos entre os que rejeitam qualquer cedência até Trump recuar nos cortes à saúde pública, e os que aceitariam um compromisso dos republicanos de votar este tema no futuro para aprovar agora um acordo de financiamento parcial.
"Estamos a trabalhar pela união e pela saúde", disse o senador democrata Sheldon Whitehouse, após a reunião.
O pacote bipartidário proposto por Thune financiaria por um ano, nomeadamente, programas de ajuda alimentar, de militares veteranos e tribunais, além de estender o financiamento estatal geral até dezembro ou janeiro.
Segundo a AP, as votações processuais sobre o plano proposto podem começar já na sexta-feira e servirão de teste ao apoio democrata.
Um número considerável de senadores quer uma solução para o impasse sobre o financiamento dos subsídios da Lei de Acesso à Saúde (Affordable Care Act ou Obamacare), que expiram no final do ano.
Os democratas e alguns republicanos também estão a pressionar por mecanismos de salvaguarda para impedir a prática da administração Trump de cortar unilateralmente verbas para programas que o Congresso já tinha aprovado.
Thune não especificou o que poderá oferecer em relação à saúde e mantém-se incerto se um número suficiente de democratas concordaria em avançar com o projeto.
Precisando de 60 votos para aprovar as medidas, os republicanos precisam de apoio de mais cinco democratas, além dos que já votaram favoravelmente a sua anterior proposta de financiamento geral temporário.
Num revés para os negociadores, o presidente da Câmara, o republicano Mike Johnson, frisou quinta-feira que não fará qualquer compromisso com os democratas.
"Não estou a prometer nada a ninguém", disse Johnson ao ser questionado se poderia prometer uma votação sobre um projeto de lei sobre a saúde.
O senador democrata Gary Peters, um dos moderados envolvidos nas negociações, qualificou os comentários de Johnson como "um problema significativo".
O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, tem feito repetidos apelos a Trump para que se sente à mesa com os democratas, o que o Presidente tem ignorado.
"Donald Trump está claramente a sentir pressão para pôr fim a esta paralisação", disse Schumer.
Dentro e fora do Capitólio, tem vindo a aumentar a pressão para o fim da paralisação, incluindo de sindicatos, face à suspensão ou falta de pagamento a centenas de milhares de funcionários federais, cancelamento de voos em aeroportos e, desde os últimos dias, interrupção do Programa de Assistência Nutricional Suplementar (SNAP) para 42 milhões de norte-americanos de baixos rendimentos.
Segundo a AP, que cita fontes próximas das negociações, os republicanos sugeriram hoje que poderiam aceitar incluir num acordo final uma cláusula que reverteria algumas demissões em massa de funcionários públicos ordenadas pela Casa Branca.
A senadora Susan Collins, presidente da Comissão de Orçamento do Senado e republicana moderada que tem discutido com os democratas, afirma que deseja que os trabalhadores afastados recebam o pagamento retroativo e que os trabalhadores despedidos durante a paralisação sejam readmitidos.
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