A invasão da Ucrânia agravou a espiral de custos gerada o ano passado após a pandemia. Os materiais que entram no que consumimos estão todos a subir em flecha. Na batalha para ver quem paga, muitos produtores preparam uma guerra com os supermercados. Mais de metade dos gastos das famílias são nos bens que mais vão subir: alimentos essenciais são o principal.
No dia 8 de março, quando olhou para a Bolsa de Nova Iorque, Joaquim Fonseca percebeu imediatamente que ia ter que alterar as tabelas de preços das suas rações. “Analisamos a Bolsa todos os dias e no dia 8, por causa da guerra na Ucrânia, algumas das matérias-primas que usamos tinham duplicado de preço”, explica à SÁBADO o diretor comercial da Rações Fonseca, sedeada na Benedita. Nesse mesmo dia, um saco de 20 kg de comida para cão passou a custar 30 euros, em vez dos anteriores 27 – e o preço por quilo da ração para pintos, um dos produtos mais vendidos, subiu 40% (para os 50 cêntimos). A guerra na Ucrânia foi o fator mais decisivo neste aumento. “Cerca de 40% das matérias-primas que usamos, sobretudo cereais como o trigo e o milho, vinham da Ucrânia e da Rússia”, explica Joaquim Fonseca. “Globalmente os custos de produção aumentaram 70% e no consumidor vamos, em média, em subidas de 60%”, acrescenta.
Prepare-se para um grande aumento nos preços de tudo
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