O líder do PSD justificou a sua permanência na liderança do partido pela "obrigação moral" de representar os que votaram em si nas legislativas de 2015 e foi muito crítico do Governo de Costa
O líder do PSD justificou a sua permanência na liderança do partido pela "obrigação moral" de representar os que votaram em si nas legislativas de 2015, dizendo acreditar ter condições para voltar a ser primeiro-ministro. "Sinto que tenho moralmente a obrigação de representar os que votaram em mim e não se sentem representados neste Governo e até se sentem ameaçados por este Governo", afirmou Passos Coelho, em entrevista à SIC, lembrando que nas legislativas de há um ano se verificou uma circunstância inédita -- o partido que venceu as eleições não estar a governar.
Questionado sobre se acredita ter condições de voltar a ser primeiro-ministro, Passos Coelho respondeu afirmativamente: "Não só há condições, como acho que é necessário para o País ter uma alternativa séria". "Não governei a olhar para as sondagens e não estou na oposição a olhar para as sondagens, esse é o perfil do Governo, não é o meu perfil", declarou, garantindo que sairá da liderança do PSD "no dia em que achar" que está a mais.
O antigo-primeiro ministro disse ainda que as promessas feitas ao País estão a ser "goradas". Para Passos Coelho, as "dificuldades estão à vista" e o Governo está a revelar "o seu fracasso". "Para mim, é muito claro que o tempo que estamos a viver está a ser desperdiçado", frisou.
Questionado sobre o Orçamento do Estado para o próximo ano, que deverá ser entregue no parlamento a 14 de Outubro, o líder do PSD voltou a dizer que a responsabilidade desse documento é do Governo e considerou que, se a opção for a de elevar a carga fiscal indirecta, será "um mau caminho", salientando que este foi o caminho do anterior executivo socialista, liderado por José Sócrates. "Nessa altura estava o Governo exactamente como está hoje, a aumentar impostos aflito para cumprir as metas do défice", disse.
Já sobre o que distingue a opção do actual Governo do executivo PSD/CDS, que também aumentou impostos, Passos Coelho apontou a situação de "emergência nacional". "A grande diferença é que nós na altura não tínhamos um tostão, agora parece que temos, só ouço falar em aumentos, restituições, parece que nos saiu o totoloto ou herdámos de um familiar abastado", criticou.
Apesar das muitas críticas ao Governo apoiado no parlamento por BE, PCP e PEV, o líder do PSD considerou normal o apoio que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, tem dado ao executivo de António Costa. "O Presidente da República creio que tem actuado bem, tem procurado criar um clima de cooperação e apoio ao Governo (...) Nesta altura é muito importante que o Presidente possa dar sinais claros de apoio ao Governo", defendeu.
Sobre as eleições autárquicas do próximo ano, Passos Coelho reiterou que o PSD está dentro dos prazos que aprovou para a apresentação de candidatos - "até final do ano para um primeiro lote de candidaturas e até Março/Abril para fechar este processo" - e desvalorizou não ter sido informado da escolha de José Eduardo Martins, um crítico da sua liderança, para coordenar o programa eleitoral autárquico para Lisboa. "Não tenho que ser consultado sobre essa matéria, Deus me livre de me estar a pronunciar sobre matérias como essas pelo País inteiro", disse.
Passos: "O tempo que estamos a viver está a ser desperdiçado"
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