Durante a apresentação do relatório da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica, foram citadas algumas denúncias recebidas. Leia alguns excertos.
Porém, as denúncias recebidas fazem crer que pelo menos 4.815 pessoas foram vítima de abuso sexual.
Durante a apresentação, foram lidas sete denúncias, de que a SÁBADO recolheu alguns excertos.
"Aos 10 anos vou para o seminário, o padre engraçou comigo, ia para a minha cama, apalpava-me. Sentia muita culpa."
O segundo caso foi o de um homem que na altura tinha 12 anos, que estudou numa escola do Norte do País e que foi vitimado por um professor de Religião e Moral. "Pelo menos mais dois rapazes [foram abusados nessa ocasião]. Sei que ele ainda é vivo. Em qualquer sítio fará mal a outros. Onde andará ele?"
"O padre fazia coisas porcas no confessionário. Tenho muita vergonha", contou uma vítima do sexo feminino. "Não tocava nas raparigas, mas perguntava se nos masturbávamos, se enfiávamos o dedo…"
Outro caso citado foi o de um turista menor, de nacionalidade francesa, à época do crime com 16 anos. O padre levou-o para a capela, mostrou-lhe os dentes de uma caveira, depois os dele e a vítima notou que tinha uma erecção.
Outro relato é sobre um padre que visitava uma família e que, aos 40 anos, abusou do irmão do denunciante. Estava colocado numa paróquia do Norte e morreu há pouco tempo.
O sexto caso visa colégios católicos, e os crimes foram praticados contra uma criança nos anos 60. "Aquilo era esquisito, senti-me violentada" por uma freira, indica a denúncia.
Finalmente, o último caso é contra um padre que teria 50 ou 60 anos e que vitimou uma menina que "ia para casa do padre". "Na altura da Casa Pia, congelava quando ouvia notícias", recordou a denunciante.
As histórias dos abusadores
Além dos casos das vítimas, foi ainda traçado o perfil de dois padres abusadores. Um deles, o padre F., foi condenado no estrangeiro pelo crime de abuso sexual e fez tratamentos. Devido aos seus antecedentes, não podia exercer o ministério sacerdotal nesse país. Contudo, refez a vida numa diocese portuguesa onde viviam familiares seus, sem estar sujeito a medidas de vigilância. De acordo com a Comissão, este caso sinaliza os diversos tempos de reação das diversas igrejas católicas.
Já o pároco P. foi denunciado três vezes por diversas vítimas, devido a atos de natureza sexual de extrema violência e masturbação do próprio. As vítimas eram convidadas à casa paroquial e despiam-se. O exercício a que eram submetidas implicava toques no pénis e masturbação, sendo que as pessoas têm conhecimento de outros casos. Este pároco relacionava-se com figuras públicas e membros destacados da Igreja.
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