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Espião pagou as quotas do director do SIS na maçonaria

António José Vilela
António José Vilela 08 de maio de 2018 às 07:00

Quis ser julgado por um júri e à porta aberta, mas o tribunal não deixou. Os juízes deram como provado que Carvalhão Gil colaborou com a secreta russa. E mandaram devolver a quase totalidade do dinheiro que lhe foi apreendido.

O processo que visa Frederico Carvalhão Gil, um espião veterano do Serviço de Informações de Segurança (SIS), é um caso que fica para a história da justiça portuguesa. Foi quase tudo feito à porta fechada e com um recurso de contestação do espião pendente no Tribunal da Relação de Lisboa - a decisão não foi tomada até ao fim do julgamento que decorreu entre Novembro de 2017 e Fevereiro de 2018. Apesar de condenado a uma pena de 7 anos e 4 meses de cadeia pelos crimes de espionagem e corrupção passiva para acto ilícito, o espião viu cair em julgamento uma boa parte das suspeitas que a Polícia Judiciária (PJ) e o Ministério Público (MP) lhe apontaram ao longo das mais de 4 mil páginas do expediente principal do inquérito. Quais? Que Carvalhão Gil seria uma toupeira ou agente duplo da secreta russa há vários anos. Afinal, não era bem assim.

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