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A vida e os segredos dos espiões

António José Vilela
António José Vilela 07 de novembro de 2019 às 07:00

Assumem identidades falsas e até podem fabricar uma carreira como médico ou professor. Montam acções de vigilância e juntam-se em grupos de três para seguirem discretamente os suspeitos. O dia-a-dia dos agentes secretos portugueses.

Chama-se Osint (Open Source Intelligence), está centrado em fontes abertas, e é um dos dois métodos de recolha de informações mais usados pelosespiões portuguesespara produzirem relatórios confidenciais. Foi precisamente uma parte deste trabalho que o Departamento de Prevenção do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) enviou a Jorge Silva Carvalho, então administrador do grupo Ongoing. A informação foi depois reencaminhada pelo ex-espião por email para a estrutura de topo da holding de Nuno Vasconcellos. E seguiu ainda para Miguel Relvas, o ministro adjunto do Governo que foi ao Parlamento dizer que eram apenas resumos de notícias seleccionadas de órgãos de comunicação social, alguns deles até de má qualidade.

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