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Duas pessoas mortas à facada no Centro Ismaelita em Lisboa. O que já se sabe sobre o ataque

Agressor foi atingido a tiro pelas autoridades, que se encontram a investigar motivo do ataque.

Duas pessoas morreram, esta terça-feira de manhã, na sequência de um ataque ao Centro Ismaelita na Avenida Lusíada, em Lisboa. O crime foi levado a cabo com recurso a uma faca "de grandes dimensões" e terá causado diversos feridos.

A Polícia de Segurança Pública (PSP) esclareceu, em comunicado, que o alerta foi dado pelas 10h57, tendo a brigada mais próxima demorado apenas um minuto a responder à ocorrência. No local, os polícias terão dado "ordens ao atacante para que cessasse o ataque, ao que o mesmo desobedeceu, avançando na direção dos polícias, com a faca na mão". Tendo em conta a "ameaça grave e em execução", os agentes "efetuaram recurso efetivo a arma de fogo contra pessoa, atingindo e neutralizando o agressor".

De acordo com a notícia avançada peloCorreio da Manhã, o agressor terá sido encaminhado para o Hospital de São José, onde se encontra a receber tratamento hospitalar, mas estará sob custódia da PSP.

Posteriormente foi montado um forte dispositivo de segurança, onde também se encontram meios da Unidade Especial da PSP, nomeadamente o Corpo de Intervenção, bombeiros e o INEM. O trânsito encontra-se condicionado, estando na Avenida Lusíada a fazer-se apenas numa via no sentido Hospital de Santa Maria - Benfica.

Em comunicado, a Polícia de Segurança Pública apelou "à serenidade e tranquilidade de todos os nossos concidadãos, tendo mobilizado os efetivos necessários para a implementação das medidas de segurança adequadas e urgentes". O caso foi já entregue à Unidade de Contraterrorismo da Polícia Judiciária.

Atirador estava em Portugal há um ano
As informações sobre o alegado atancante são ainda escassas mas Narzim Ahmad, líder da comunidade ismaelita em Portugal, revelou em declarações à SIC Notícias que as vítimas são "duas mulheres portuguesas", funcionárias do centro, e que o atacante será "um afegão refugiado", tal como Hugo Costeira do OSCOT já tinha avançado à SÁBADO.

De acordo com o Observador, o homem terá chegado a Portugal há cerca de um ano, com os três filhos menores, depois de a mulher ter morrido num campo de refugiados. Encontrava-se a viver em Odivelas, local onde as crianças estudavam, e frequentava regularmente o Centro Ismaili onde tinha aulas de português para estrangeiros e recebia apoio alimentar.

Até ao momento ainda não se conhecem os motivos do ataque, apenas que a situação não terá sido provocada por um desentendimento ou um assalto.

António Costa e Marcelo "solidários"

O primeiro-ministro, António Costa, já se pronunciou sobre o incidente e enviou as condolências aos familiares das vítimas, mas disse ser ainda "prematuro" fazer "interpretações de motivações de ato criminoso".

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A ministra dos Assuntos Parlamentares também já se mostrou "solidária" com a comunidade ismaelita e saudou a "pronta atuação das forças de segurança", enquanto o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, deverá falar sobre o ataque perto das 15h.

Numa nota no site da Presidência, Marcelo Rebelo de Sousa deu as condolências à comunidade e às famílias das vítimas e indicou que está a acompanhar a situação.

(em atualização)

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