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Medida de Nicolás Maduro é vista com "um golpe direto na vida da comunidade" portuguesa naquele país.
Os três maiores partidos com assento na Assembleia Legislativa da Madeira - PSD, JPP e PS - apresentaram esta quarta-feira votos de protesto contra a decisão do Governo da Venezuela de revogar a licença de voo da TAP para aquele país.
TAP não pode voar para a Venezuela
Os três votos têm aprovação por unanimidade anunciada, na votação prevista para quinta-feira.
No plenário do parlamento madeirense, o deputado do PSD Carlos Fernandes classificou a decisão do executivo de Nicolás Maduro como "injustificável" e uma "medida arbitrária e desproporcionada", que "está a penalizar milhares de madeirenses, famílias inteiras que veem agravadas a sua situação de mobilidade".
Para o eleito social-democrata, o "regime de Caracas optou pela retaliação" à decisão da TAP - tomada por motivos de segurança -, com "um golpe direto na vida da comunidade" naquele país.
Mariusky Spínola, do Juntos Pelo Povo (JPP), salientou que se trata de uma decisão unilateral do Governo venezuelano que "afeta as ligações das famílias" de forma particular por ocorrer em vésperas da Festa (nome pelo qual os madeirenses designam a quadra natalícia).
A parlamentar defendeu que a República Portuguesa deve interceder junto do Governo da Venezuela, porque "urge resolver esta situação", que no entender do JPP, "pode afetar as relações entre os dois países".
Quanto ao PS, através do seu líder parlamentar, Paulo Cafôfo, realçou que "a comunidade portuguesa vive momentos de incerteza apesar da calma que aparenta", marcados por "tensão e ansiedade pelo que poderá acontecer" na Venezuela.
Segundo o socialista a TAP está proibida de voar para o país "por motivações políticas" e o Governo de Nicolás Maduro evidencia assim "desrespeito pelos direitos das pessoas".
Paulo Cafôfo defendeu que o Governo português deve "intervir junto das autoridades" venezuelanas e questionou quais as eventuais operações de contingência e diligências para acompanhar os portugueses afetados pela situação.
O responsável da bancada do Chega, Miguel Castro, declarou que o partido se associa aos votos de protesto por considerar que a revogação da licença da TAP implica "falta de transporte, dificultando que as famílias se juntem para celebrar o Natal".
Miguel Castro apelou aos governos nacional, regional e à União Europeia para que "encetem negociações com os Estados Unidos da América, não com o regime não reconhecido de Nicolás Maduro" para colmatar esta crise.
A deputada do CDS-PP Sara Madalena apoiou a decisão da TAP de suspender temporariamente os voos para a Venezuela "por motivos de segurança" e apontou serem necessários "esforços diplomáticos reforçados".
O único eleito da Iniciativa Liberal (IL) na Assembleia da Madeira, Gonçalo Maia Camelo, afirmou que vai votar a favor dos três votos apesar de considerar existir um "aproveitamento político" dos proponentes, argumentando que, devido à situação, esta ddeve ser uma posição conjunta do parlamento regional.
"A situação é grave, o protesto justifica-se, mas não é mais do que um gesto simbólico", apontou, adiantando que "Maduro está pouco preocupado com os votos".
A Venezuela país conta com uma significativa comunidade de portugueses e de lusodescendentes, sendo um dos principais destinos da emigração madeirense. Em 2019, as estimativas apontavam para cerca de 300.000 pessoas.
Sob o pretexto de combater o narcotráfico, Washington mantém desde setembro um destacamento naval e aéreo em águas das Caraíbas próximas da Venezuela, tendo mesmo mobilizado o maior porta-aviões do mundo para a região.
Em 21 de novembro, a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) recomendou "extrema cautela" ao sobrevoar a Venezuela e o sul das Caraíbas devido ao que considera "uma situação potencialmente perigosa" na região.
Várias companhias aéreas, incluindo a TAP, suspenderam então os seus voos para aquele país.
O Governo venezuelano decidiu revogar posteriormente as licenças de operação da TAP, Iberia, Avianca, Latam Colombia, Turkish Airlines e Gol, acusando-as de se "unirem aos atos de terrorismo" promovidos pelos Estados Unidos.
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