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As coincidências entre a política de Marcelo e os negócios de Pedro Rebelo de Sousa

Maria Henrique Espada
Maria Henrique Espada 07 de maio de 2020 às 18:24

O Presidente opina sobre o novo hospital da Madeira. O escritório do irmão é contratado para esse caso 13 dias depois. No Porto, houve outra tangente na contratação de Pedro Rebelo de Sousa. São coincidências e a nova lei permite-as. Mas parece bem?

A 2 de novembro de 2018, Marcelo Rebelo de Sousa deslocou-se à Madeira. Durante a visita, num encontro com estudantes, disse que o novo hospital da Madeira devia ser "uma realidade rápida" e "uma prioridade". Assegurou acompanhar "atentamente" o que se passa na região e estar a par da "problemática" do hospital. No dia 15, ou seja, 13 dias depois, foi celebrado um contrato (por ajuste direto com consulta prévia, embora os outros consultados não sejam identificados no portal dos contratos públicos) com a Sociedade Rebelo de Sousa e Associados (SRS Legal), o escritório de advocacia liderado pelo irmão de Marcelo, Pedro Rebelo de Sousa. O contrato é para "consultoria jurídica no âmbito do procedimento de contratação pública para a construção do Hospital Central da Madeira (HCM)". E lê-se no mesmo que a decisão de adjudicação do secretário regional dos Equipamentos é de 2 de novembro – o dia da visita de Marcelo.

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