Ex-deputado vai pedir a realização de um congresso eletivo antecipado. Resultados das presidenciais, com crescimento do Chega e da Iniciativa Liberal apressaram anúncio
O antigo deputado do CDS/PP Adolfo Mesquita Nunes vai dar o passo em frente em relação aos críticos à liderança do CDS, anunciando que está disponível para disputar o lugar de Francisco Rodrigues dos Santos. Por agora, Adolfo Mesquita Nunes, num texto nojornal "Observador", limita-se a pedir um Congresso eletivo, considerando que o partido está numa luta pela sobrevivência e que a direcção de Francisco Rodrigues dos Santos, "Chicão", não será capaz de inverter o caminho da irrelevância política
Ricardo Meireles
Mesquita Nunes vai pedir um congresso extraordinário para forçar uma mudança na direção do partido ainda antes das autárquicas, numa altura em que o clima é de guerrilha entre os centristas.
O ex-secretário de Estado do Turismo é o representante mais visível da ala liberal do partido e a votação em Tiago Mayan nas presidenciais do último domingo pode ter ajudado a dar o sinal que faltava sobre a possibilidade de este espaço político ganhar terreno em Portugal. O crescimento constante da Iniciativa Liberal de Mayan - que teve 3,2% nestas eleições - , ajudou a dar gás à ideia de que o liberalismo tem margem para crescer.
CDS em guerra total
As redes sociais têm sido o palco preferencial para as trocas de galhardetes entre militantes, que já não se coíbem de fazer em público discussões internas, como ainda recentemente aconteceu no Facebook, numa acesa discussão entre o líder da distrital da Guarda, Henrique Monteiro, e o líder distrital de Setúbal, João Merino.
Mas a tensão foi também notória no Conselho Nacional que serviu, entre outras coisas, para discutir o apoio a Marcelo Rebelo de Sousa, com críticas duríssimas de Nuno Melo à escolha do candidato presidencial.
Nesse Conselho Nacional, Cecília Meireles foi outra das protagonistas, graças à discussão em volta da importância de uma eventual renúncia sua para que Rodrigues dos Santos pudesse ter lugar no Parlamento. Cecília deixou claro que não se deixará intimidar nem empurrar para fora do Parlamento e é uma das potenciais candidatas à liderança, caso haja congresso. De resto, o seu nome foi trazido para cima da mesa por João Gonçalves Pereira, líder da distrital de Lisboa e um dos mais destacados críticos da liderança de Chicão.
Outro nome a ter em conta poderá ser o de Luís Pedro Mota Soares, que não deu ainda sinais claros sobre a sua disponibilidade, mas que terá condições de encabeçar uma candidatura.
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