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Trump preside hoje a "grande reunião" sobre a Faixa de Gaza

Presidente já havia sugerido a tomada de controlo da Faixa de Gaza pelos EUA para a transformar na "Riviera do Médio Oriente".

O presidente dos EUA, Donald Trump, vai presidir esta quarta-feira a uma “grande reunião” na Casa Branca sobre o pós-conflito na Faixa de Gaza, anunciou na terça-feira o seu enviado especial, Steve Witkoff.

Trump preside reunião sobre Faixa de Gaza
Trump preside reunião sobre Faixa de Gaza AP Photo/Mark Schiefelbein

“Vamos ter uma grande reunião na Casa Branca (...), sob a direção do presidente, e vamos elaborar um plano muito completo para o dia seguinte” no território palestiniano.

Witkoff fez estas declarações na estação televisiva Fox News, sem dar mais detalhes.

"Penso que muitas pessoas vão perceber o quão sólido e bem-intencionado este plano é", afirmou, acrescentando que o plano "reflete as motivações humanitárias do Presidente".

Em fevereiro, Donald Trump lançou a ideia de uma tomada de controlo da Faixa de Gaza pelos Estados Unidos para a reconstruir e transformar na "Riviera do Médio Oriente", uma vez esvaziada dos seus habitantes. E repetiu que estes poderiam ser transferidos para Egito e Jordânia.

Aclamado pela extrema direita israelita, o plano foi rejeitado pelos países árabes e pela maioria das nações ocidentais, com a ONU a alertar para uma “limpeza étnica” em Gaza.

No início de agosto, o gabinete de segurança israelita aprovou um plano do exército que, segundo o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, visa “acabar com a guerra”.

O plano prevê, nomeadamente, a criação, a prazo, de uma "administração civil pacífica não israelita" no território palestiniano.

Num vídeo divulgado na terça-feira, após uma reunião do gabinete de segurança, Benjamin Netanyahu permaneceu, no entanto, vago sobre as intenções do seu Governo.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada pelo ataque do Hamas em 07 de outubro de 2023, que causou a morte de 1.219 pessoas do lado israelita, na maioria civis, de acordo com uma contagem da agência de notícias da France-Presse (AFP), baseada em dados oficiais.

A campanha de retaliação israelita causou pelo menos 62.819 mortos em Gaza, na maioria civis, de acordo com as autoridades locais.

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