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Trump exige pena de morte para autores de homicídio em Washington

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Há 44 anos que não é executada nenhuma pena de morte em Washington. Este tipo de sentença foi abolido em 1981.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na terça-feira, durante uma reunião com os membros do governo, que planeia pedir a pena de morte para qualquer pessoa condenada por homicídio em Washington DC.

Trump quer pena de morte para autores de homicídios em Washington
Trump quer pena de morte para autores de homicídios em Washington AP Photo/Evan Vucci

“Qualquer pessoa que assassinar alguém na capital, pena de morte, pena de morte, pena de morte. Se alguém matar alguém em Washington, vamos solicitar a pena de morte e essa é uma medida preventiva muito forte”, anunciou o republicano. “Todos os que ouviram isso concordam. Não sei se estamos prontos para isso neste país, mas não temos outra opção. Os estados terão que tomar a sua própria decisão, mas se alguém matar alguém em Washington, receberá pena de morte.”

O presidente não deu, no entanto, detalhes sobre como pretende levar a cabo a aplicação da pena de morte na capital onde, além das inúmeras restrições que existem para a solicitar, foi abolida em 1981.

Este tipo de sentença é legal em 27 estados, onde foi até estabelecido um recorde durante o primeiro mandato de Trump. Mas em Washington, há 44 anos que não é executada nenhuma pena de morte.

Face a este anúncio, alguns opositores acusaram Donald Trump de estar a levar a cabo medidas cada vez mais repressivas e entre os críticos estão, por exemplo, os governadores de Maryland, Wes Moore, e de Illinois, J.B. Pritzker. Apesar disso, Trump reitera que não é "um ditador", embora "algumas pessoas preferissem" que o fosse se isso significasse que "o crime seria travado".

Esta medida faz parte de um plano de Donald Trump para acabar com o crime na cidade de Washington. O republicano alega que há duas semanas esta "era a cidade mais perigosa do país" - apesar de os dados indicarem que os níveis de criminalidade estavam no seu ponto mais baixo em 30 anos - mas que graças às cerca de 1.500 detenções efetuadas é agora "uma das mais seguras do mundo".

Agora, o presidente planeia enviar também a Guarda Nacional para as cidades de Baltimore e Chicago. O problema é que esta medida implica por lei uma autorização dos governadores, que já disseram não estar dispostos a dar.

"Estou disposto a ir a Chicago, que tem um grande problema, mas temos um governador que nega admitir que há problemas", disse Donald Trump ao classificar a cidade como um "matadouro". "Em Baltimore, Wes Moore disse-me que quer caminhar com o presidente, mas primeiro terá de limpar o seu crime porque eu não vou caminhar por Baltimore agora mesmo. É um desastre infernal."

Este anúncio chega também um dia depois de Trump ter assinado uma ordem executiva que criminaliza a queima da bandeira americana - uma ação que o Supremo Tribunal já havia decidido em 1989 estar protegida pela liberdade de expressão.

Além disso, na terça-feira o republicano assinou também uma outra ordem executiva que permite o envio rápido da Guarda Nacional em caso de protestos.

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