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Presidente da Rússia reiterou a intenção de prosseguir a "operação militar especial" lançada em fevereiro de 2014. Leia a análise ao discurso do Estado da Nação.
Vladimir Putin reiterou hoje a intenção de prosseguir a "operação militar especial" lançada em fevereiro de 2014 para alcançar de modo "gradual, ponderado e metódico" os objectivos de defesa "das populações dos territórios históricos da Rússia".
Sputnik/Sergei Savostyanov/Pool via REUTERS
No seu décimo oitavo discurso às duas câmaras do parlamento sobre o estado da nação, Putin apontou ainda a "segurança nacional" e a "liquidação das ameaças geradas pelo regime neo-nazi" de Kiev como fito da intervenção militar.
O chefe de estado russo denunciou a ambição de "poder ilimitado" dos Estados Unidos e da NATO como causa do conflito através do seu apoio aos neonazis que, ao promoverem um golpe de estado em 2014, "tornaram os ucranianos reféns do regime de Kiev e dos seus senhores ocidentais".
Putin acusou os "russófobos" ocidentais de visarem uma "derrota estratégica" da Rússia e declarou que tal desiderato está votado ao fracasso.
O presidente enalteceu a invencibilidade e integridade da Federação Russa, evocando a derrotada de tentativas similares que, afirmou, têm vindo a suceder desde o século XIX, como as encetadas pela Polónia e o Império Austro-Húngaro (dissolvido em 1918),
Putin identificou as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, bem como as províncias de Kherson e Zaporíjia (nomeadas como Nova Rússia segundo a terminologia usada no século XVIII para os territórios conquistados a norte do Mar Negro e no Mar de Azov) como parte integrante da Federação Russa.
O ataque à integridade destes territórios anexados a 30 de setembro de 2022 representa de acordo com Putin uma "ameaça existencial", o que, nos termos da doutrina nuclear russa em vigor poderá, eventualmente, justificar o recurso a armas nucleares.
Ao anunciar a suspensão da participação de Moscovo no Novo Tratado de Redução de Armas Ofensivas Nucleares - assinado por Dmitri Medvedev e Barack Obama em 2010 e prorrogado até fevereiro de 2016 há dois anos – Putin acusou Washington de obstruir inspecções e destacou a necessidade de ter em conta os arsenais da Grã-Bretanha e França.
O presidente russo adiantou que a Rússia se reserva o direito de retomar testes nucleares caso os Estados Unidos testem armas nucleares.
Acusando o Ocidente de pretender "transformar um conflito local num conflito global", Putin afirmou que quanto mais armamento ofensivo de longo alcance ocidental chegar à Ucrânia "tanto mais nos veremos obrigados a afastar a ameaça das nossas fronteiras".
Um novo Fundo Especial providenciará as ajudas necessárias a todos os militares, voluntários e familiares de combatentes envolvidos na "operação militar especial", revelou Putin no discurso.
O alegado fracasso das sanções ocidentais e as bem-sucedidas transformações da economia russa para enfrentar a "nova situação" permitem, ao que disse, afastar o dilema "manteiga ou canhões" e garantir o desenvolvimento graças, igualmente, ao incremento de relações com países não-hostis, designadamente na Ásia e Médio Oriente.
Sem dar mostras de qualquer abertura diplomática, o discurso de Putin resume-se à citação que fez de uma declaração de Piotr Stolipin, um dos chefes de governo do tzar Nicolau II, de que a unidade da nação é um dever que se impõe pelo "histórico e superior direito da Rússia – o direito a ser forte".
A política reformista e desenvolvimentista que Stolipin liderou a partir de 1906 terminou com o seu assassinato, em Kiev, a 11 de setembro de 1911 por um militante do Partido Socialista Revolucionário.
Putin desde a nomeação como sucessor de Boris Ieltsin no final de 1999 tem vindo a evocar o exemplo de Stolipin como um estadista apostado no fortalecimento do estado russo o que, uma vez mais, proclama como a sua missão histórica.
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