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Putin: "Não existe forma de travar" novo míssil Oreshnik

Leonor Riso
Leonor Riso 22 de novembro de 2024 às 21:07
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O presidente russo deu uma conferência de imprensa em que garantiu ter um stock de mísseis prontos a usar. EUA desconfiam e Ucrânia está a trabalhar em novas defesas.

Vladimir Putin afirmou esta sexta-feira que a Rússia iria continuar a testar o seu novo míssil hipersónico Oreshnik em combate e que tem um stock pronto a usar, ao passo que a Ucrânia garantiu estar a trabalhar em sistemas de defesa aérea contra esta nova arma.

O presidente da Rússia deu uma conferência de imprensa após o primeiro lançamento, o que disse ter sido precipitado pela Ucrânia, ao usar mísseis balísticos dos EUA e mísseis-cruzeiro do Reino Unido na guerra.

"Vamos continuar estes testes, incluindo em condições de combate, dependendo da situação e da natureza das ameaças de segurança criadas contra a Rússia", disse Vladimir Putin. "Além disso, temos um stock destes produtos, um stock destes sistemas pronto a usar."

Putin referiu que o Oreshnik não é uma arma nuclear estratégica, mas que o seu poder e precisão a dotam de um impacto comparável, "especialmente quando usados num grupo massivo e em combinação com outros sistemas de longo alcance e alta precisão".

"Não há forma de travar um míssil deste tipo, nem maneiras de o intercetar, no mundo atual", disse.

Sputnik/Vyacheslav Prokofyev/Pool via REUTERS

Um membro do governo norte-americano citado pela Reuters diz que a arma é experimental, e que existe um número limitado e falta de capacidade para usar estes mísseis no terreno.

Esta sexta-feira, Volodymyr Zelensky revelou estar a trabalhar com os parceiros ocidentais para criar sistemas contra "novos riscos". "Em meu nome, o ministro da Defesa da Ucrânia já está em reuniões com os nossos parceiros no que toca a novos sistemas de capazes de proteger vidas de novos riscos."

"Quando alguém costuma a usar outros países não só para terrorismo, mas também para testar os seus novos mísseis através de atos terroristas, então é claramente um crime internacional", frisou. "Temos que estar cientes de que o 'camarada' Putin vai continuar a tentar intimidar-nos. É como ele construiu todo o seu poder."

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