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A encruzilhada nuclear de Moscovo

Vasco Rato
Vasco Rato 27 de novembro de 2024 às 14:28

Putin quer que o Ocidente acredite que poderá utilizar armas nucleares se a Ucrânia usar ATACMS em alvos russos importantes. E Biden decidiu ainda assim libertar o uso de ATACMS por Kiev. O jogo de sombras antecipa as negociações.

Mil dias depois de Vladimir Putin ter ordenado os seus tanques a rumarem em direção a Kiev, levantam-se preocupações renovadas quanto à possibilidade de eclodir uma guerra nuclear global. Compreensíveis, os anseios resultam das alterações à doutrina nuclear russa, da decisão de Joe Biden de permitir que Kiev utilize mísseis ATACMS contra alvos situados em solo russo e da introdução do míssil experimental Oreshnik. Existe, evidentemente, um risco de guerra nuclear enquanto existirem armas nucleares. Mesmo atendendo à inegável deterioração da situação no terreno, com o aproximar das negociações para pôr fim à guerra, novas escaladas até à paz não são de excluir – mas não é motivo de alarmismo.

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