Tensão com Rússia motiva preparação do governo, que passa ainda pelo aconselhamento a empresários sobre conflitos. NATO também pede a empresas que acautelem cenário bélico.
O governo da Alemanha está a trabalhar num plano para aumentar o número de abrigos (bunkers) disponíveis para civis, face ao aumento de tensão com a Rússia. Segundo o jornal alemãoBild, estão a ser analisadas instalações públicas e privadas que possam ser convertidas em abrigos. O ministério do Interior alemão é responsável pelo registo de caves, parques de estacionamento subterrâneos e estações de metropolitano que possam ser convertidos. O plano envolve ainda a criação de umaappque indique obunkermais próximo da localização no momento, confirmou o porta-voz governamental.
REUTERS/Kai Pfaffenbach
O Bild descreveu que o plano está a ser desenvolvido em resposta à situação internacional, mas o porta-voz não detalhou nada acerca dessa situação, nem sobre quando o plano pode estar concluído.
A agência noticiosa Reuters indica que as organizações de proteção civil já tinham pedido uma expansão dos bunkers que inclua a construção de estruturas onde até 5 mil pessoas possam ser acomodadas num curto espaço de tempo. Na Alemanha, existem agora 579 abrigos públicos com capacidade para 480 mil pessoas.
A Alemanha está focada na defesa no seu território desde a invasão russa à Ucrânia em fevereiro de 2022. Através da Operação Plano Alemanha, os governos federal e estatal, o exército, autoridades de segurança e serviços de emergência estão a coordenar como podem defender o país em caso de conflito. Este plano é confidencial, mas no âmbito do mesmo, têm decorrido visitas de representantes do exército a empresas alemãs com vista a aconselhamento sobre medidas a tomar em caso de guerra.
O jornal britânico The Guardian frisa que a Alemanha tem registado um grande aumento das atividades de espionagem e sabotagem russas. Na semana passada, Vladimir Putin afirmou que a guerra na Ucrânia apresenta características de uma guerra "global". O presidente da Rússia não descartou ataques a outros países ocidentais.
NATO alerta empresas
Também esta segunda-feira, um elemento da NATO pediu aos empresários que se preparem para um cenário de guerra e ajustem a sua atividade e linhas de produção de acordo com isso, para serem mais resistentes a chantagem por parte da Rússia e da China.
"Se pudermos assegurar que todos os serviços cruciais e bens podem ser entregues aconteça o que acontecer, então isso é um elemento-chave da nossa dissuasão", explicou o almirante Rob Bauer, o holandês que preside ao comité militar da NATO, durante um evento do European Policy Center.
O almirante apontou que a dissuasão vai além da capacidade militar, visto que todos os instrumentos disponíveis podem e serão usados em caso de guerra. "Estamos a ver isso com o número crescente de atos de sabotagem, e a Europa viu isso com a distribuição de energia."
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O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Queria identificar estes textos por aquilo que, nos dias hoje, é uma mistura de radicalização à direita e muita, muita, muita ignorância que acha que tudo é "comunista"