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Putin confirma morte de Prigozhin, "um talentoso empresário"

Presidente russo que chegou a ser próximo do líder do grupo de mercenários Wagner falou pela primeira vez sobre a morte deste, na sequência da queda do avião em que seguia.

O presidente russo, Vladimir Putin, confirmou a morte do líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin. Descreveu-o como um "talentoso empresário" e enviou as condolências às famílias de todos os que morreram na queda do avião onde seguia o líder mercenário.

Sputnik/Mikhail Klimentyev/Kremlin via REUTERS

Além dePrigozhin morreram mais nove pessoas, três das quais pilotos da aeronave.

Em comentários que foram transmitidos pela televisão, Putin referiu ainda que era preciso esperar pelo resultado da investigação oficial ao acidente, dizendo que a análise vai levar algum tempo.

Putin quebrou assim o silêncio em relação ao acidente que vitimou uma pessoa de quem já tinha sido bastante próximo e que conhecia desde a década de 1990.

Prigozhin estava na lista de passageiros que morreram na queda de um avião, na quarta-feira. A aeronave privadavoava de Moscovo para São Petersburgoe caiu a pique antes de se incendiar no chão, matando os 10 ocupantes a bordo. Mais tarde, o próprio grupo Wagner confirmou a morte do seu líder.

Dois oficiais norte-americanos disseram àReutersque os EUA acreditam ter sido um míssil terra-ar com origem dentro da Rússia a provocar a queda do avião onde seguia o líder dos mercenários Wagner. Porém, ainda não existem provas que confirmem estas suspeitas.

Na Rússia, o acidente que vitimou 10 pessoas, não teve grande cobertura mediática.

O aparelho que se despenhou - um Embraer legacy 600 EMBR3.SA pertencia ao Wagner. No local, habitantes referem que viram corpos serem retirados da cena e que os investigadores forenses ergueram tendas que taparam a zona da cauda do avião. Rumores no local, recolhidos pelaReuters, indicam que os investigadores apontam para a teoria de que teriam sido colocadas uma ou duas bombas a bordo.

Conhecido por ser próximo do presidente russo, tinha até o cognome de "o cozinheiro de Putin", Prigozhin, de 62 anos, estava caído em desgraça desde que a 24 de junho tentou uma rebelião armada contra as chefias militares russas, alegando falta de apoio nos combates na Ucrânia e incompetência na forma de conduzir a guerra.

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