Israel anuncia que quer destruir o movimento, mas o seu braço militar não chega ao Qatar nem à Turquia. E é aí que vive, bem e com guarda-costas, a liderança política. Quem são os seus anfitriões?
Em 1997, era também Benjamin Netanyahu primeiro-ministro de Israel, quando Khalid Meshal, o líder do braço do Hamas na Jordânia, foi injetado com uma substância tóxica em Amã, numa operação da Mossad. Mas a ação correu mal, dois agentes foram detidos, e o desfecho possível foi a entrega, por Israel, de um antídoto que salvou o exilado Meshal, em troca da entrega dos dois espiões israelitas. E ainda da libertação da prisão israelita de Ahmed Yassin, fundador e líder espiritual do movimento. Hoje Netanyahu é de novo primeiro-ministro. Já Meshal, mantém-se muitíssimo influente, mas continua a não estar em Gaza, onde as IDF avançam com o objetivo de destruir as capacidades militares do Hamas. Meshal esteve depois na Síria, onde Damasco acolheu durante anos o principal gabinete político no exterior do Hamas, mas, no início da guerra que devastou o país, mudou-se para Doha, a capital do Qatar. A mudança ilustra uma dificuldade extra para a resposta israelita: se a ofensiva terrestre nunca será uma operação fácil, decapitar a estrutura política do movimento, praticamente toda no exterior, instalada com conforto e meios em países complacentes, como a Turquia ou o Qatar (mas não só), será ainda mais complicado.
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O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.