Sábado – Pense por si

O que se sabe sobre o suspeito do ataque terrorista em Paris

Um homem morreu e dois ficaram feridos, sem gravidade. Homem já era acompanhado pelas autoridades francesas e esteve preso por planear um ataque.

Um turista alemão morreu e um britânico e um francês ficaram feridos depois de um ataque terrorista em Paris, França, este sábado, levado a cabo por um homem de 26 anos armado com uma faca e um martelo. 

REUTERS/Stephanie Lecocq

O ataque deu-se numa zona turística, o Quai de Grenelle, junto à torre Eiffel. O suspeito, Armand R., é francês e filho de pais iranianos, não muçulmanos: radicalizou-seonline. Em 2016, foi condenado a cinco anos de prisão por planear um ataque terrorista mas acabou por ser libertado em 2020. Estava referenciado pelas autoridades francesas e a ser submetido a tratamentos psiquiátricos. 

Gritou "Alá é grande" e atacou o turista alemão. Um taxista parou e tentou travá-lo, mas o homem fugiu tendo ainda atacado duas pessoas com um martelo. À polícia, ao ser apanhado, disse que estava zangado "porque tantos muçulmanos estão a morrer no Afeganistão e na Palestina", criticando a situação em Gaza. 

Pouco depois do ataque, surgiu nas redes sociais um vídeo em que reivindicava o ataque. Desde a primavera de 2022 que o homem suscitou de novo preocupações durante os tratamentos psiquiátricos, depois de uma fase em que pareceu afastar-se da religião. Segundo o jornal Le Monde, a sua personalidade é "muito instável". 

O incidente está a ser investigado e o presidente francês, Emmanuel Macron, enviou as condolências à família do jovem turista alemão morto. A primeira-ministra Elisabeth Borne garantiu: "Não vamos ceder ao terrorismo."

A França encontra-se em alto alerta de ameaça terrorista desde que em outubro, um homem de origem chechena matou um professor numa escola no norte de França. 

Feridos encontram-se estáveis 

Os dois feridos com martelo, de 66 e 60, sofreram ferimentos superficiais e estão a ser acompanhados por um psicólogo, bem como a namorada do turista alemão morto, que não sofreu ferimentos. 

Artigos Relacionados
Editorial

Só sabemos que não sabemos

Esta ignorância velha e arrastada é o estado a que chegámos, mas agora encontrou um escape. É preciso que a concorrência comece a saber mais qualquer coisa, ou acabamos todos cidadãos perdidos num qualquer festival de hambúrgueres