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OMS: Maior hospital da Faixa de Gaza deixou de funcionar

Instalações já não funcionam como um hospital face à falta de energia e aos combates nas proximidades. Tedros Adhanom Ghebreyesus exige cessar-fogo.

O hospital al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza, deixou de funcionar, afirmou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo Tedros Adhanom Ghebreyesus, as mortes de pacientes têm aumentado: entre elas, as de três recém-nascidos. Mais bebés estão em risco devido às falhas de energia e aos combates nas proximidades.

REUTERS/Doaa Rouqa

Os hospitais a norte da Faixa têm sido alvo de bloqueio pelas forças israelitas, apontam as equipas médicas. Do seu lado, Israel diz que o Hamas tem centros de comando debaixo e perto dos hospitais.

A OMS conseguiu falar com funcionários do hospital, que descreveram uma situação "desastrosa e perigosa", segundo o diretor-geral. Por isso, Tedros Adhanom Ghebreyesus apela ao cessar-fogo. "O mundo não pode ficar em silêncio enquanto hospitais, que deviam ser portos seguros, são transformados em cenas de morte, devastação e desespero."

No dia 11 de novembro, após uma cimeira, os países árabes também pediram ao Tribunal Penal Internacional que investigasse "os crimes de guerra e crimes contra a Humanidade que Israel está a cometer" nos territórios palestinianos.

Segundo a Cruz Vermelha palestiniana, o segundo maior hospital de Gaza, o al-Quds, também está fora de serviço. Os enfermeiros e médicos tentam tratar as pessoas com escassos medicamentos, comida e água.

O país chefiado por Benjamin Netanyahu garante que está a tentar libertar mais de 200 reféns e que os hospitais deviam ser evacuados. Tanto a União Europeia como os EUA confirmaram que os hosptitais e os civis estão a ser usados pelo Hamas como escudos humanos.

Desde os ataques do Hamas de 7 de outubro, em que morreram 1.200 israelitas, morreram na Faixa de Gaza 11.078 pessoas.

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