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Numa investigação, a BBC falou com algumas destas soldados sobre as atividades suspeitas que observaram, os relatórios que apresentaram e o que consideraram ser a falta de resposta dos oficiais superiores das Forças de Defesa de Israel (IDF).
Conhecidas como os olhos de Israel na fronteira de Gaza, as mulheres-soldado tinham uma função no exército, ficar sentadas nas bases de vigilâncias na fronteira de Gaza durante horas, à procura de sinais de algo suspeito. Nos meses que se antecederam aoataque do Hamas no dia 7 de outubro, tinham visto vários treinos de ataque, simulacros de tomada de reféns e agricultores a agir de forma suspeita no lado da vedação de Gaza.
REUTERS/Amir Cohen
Numa investigação, a BBCfalou com algumas destas soldados sobre as atividades suspeitas que observaram, os relatórios que apresentaram e o que consideraram ser a falta de resposta dos oficiais superiores das Forças de Defesa de Israel (IDF).
Noa (nome fictício) revelou ao canal britânico que transmitiram as informações sobre o que viam aos serviços secretos e aos oficiais superiores. "Éramos apenas os olhos", frisou, não podendo fazer mais do que observar.
Para estas soldados era certo que o Hamas estava a planear um ataque, no entanto a IDF optou por não fazer nada. Assim, a 7 de outubro, um grupo de militates do Hamas entrou em Israel e acabou por matar 1.200 pessoas e fazer 240 reféns, com mais de 100 ainda em cativeiro.
Shai Ashram, 19 anos, era uma das mulheres de serviço no dia 7 de outubro. Numa chamada para a família, onde se ouviam tiros em fundo, referiu que havia "terroristas na base e que ia haver um grande acontecimento". Shai Ashram acabou por ser uma das mais de 12 de soldados de vigilância mortas no ataque.
Estas mulheres de Nahal Oz, base militar a cerca de um quilómetro da fronteira de Gaza, começaram a despedir-se umas das outras no grupo do WhatsApp que partilhavam. Noa, que não estava de serviço, recorda-se de ter pensado "é agora", o ataque que temiam estava a começar.
Devido à localização das suas bases, as mulheres desta unidade militar, conhecidas como tatzpitaniyot em hebraico, estavam entre os primeiros israelitas que os militantes do Hamas alcançaram após terem saído de Gaza.
Qual era o trabalho destas mulheres?
As tatzpitaniyot sentavam-se em salas próximas da fronteira e observavam todos os dias, durante horas, as imagens de vigilância em direto capturadas pelas câmaras ao longo da vedação. Existem várias unidades junto da vedação entre Israel e a Faixa de Gaza, sendo todas constituídas por mulheres jovens.
"O nosso trabalho é proteger todos os residentes", disse Noa à BBC. "Temos um trabalho muito difícil, sentamo-nos no turno e não podemos semicerrar os olhos nem mexê-los um bocadinho sequer. Temos de estar sempre concentradas."
Quando estas mulheres, que são referidas pelo IDF como aquelas que "sabem tudo sobre o inimigo", veem algo suspeito, registam-no com o seu comandante e num sistema informático de forma a ser avaliado pelos oficiais mais graduados.
As vigias descreveram à BBC uma série de incidentes que observaram nos meses que se antecederam aos ataques de 7 de outubro. Estes incidentes levaram-nas a recear que um ataque estivesse para breve. "Vimo-los praticar todos os dias como seria o ataque, tinham até um modelo de tanque que estavam a treinar para dominar", contou Noa.
Várias mulheres descreveram também a colocação e detonação de bombas junto à vedação, que aparentemente serviam para testar a sua resistência. As imagens de 7 de outubro mostrariam mais tarde grandes explosões antes de os combatentes do Hamas passarem pelas vedações em motas.
As soldados também começaram a observar mudanças nos padrões de comportamento ao longo da fronteira. Os agricultores de Gaza, os apanhadores de pássaros e os pastores de ovelhas começaram a aproximar-se da vedação da fronteira e, segundo as mesmas, estariam a recolher informações antes dos ataques.
Estas mulheres reportaram todos estes elementos e sentiram que as suas preocupações não estavam a ser ouvidas. Roni Lifshitz, outra vigilante, disse que "não faz ideia" do destino dos seus relatórios. "Provavelmente foram para os serviços secretos, mas se fazem alguma coisa com eles ou não, não sei bem", indicou. "Ninguém nos deu uma resposta sobre o que tínhamos relatado e transmitido."
Mas as observações das tatzpitaniyot não eram as únicas informações de que algo estava para acontecer. Um longo projeto que detalhava os planos do Hamas esteve nas mãos de oficiais israelitas durante mais de um ano antes do ataque, mas foi rejeitado como uma aspiração, segundo um artigo publicado no New York Times.
Um analista veterano da Unidade 8200 da agência de informações israelita avisou, três meses antes dos ataques, que o Hamas tinha efetuado um exercício de treino intenso que parecia semelhante ao descrito no plano, mas as suas preocupações também foram ignoradas.
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