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O desaparecimento do principal opositor de Putin há duas semanas coincide com o início de uma nova campanha presidencial. Advogados acreditam que Navalny esteja numa colónia de "regime especial".
Alexei Navalny, líder da oposição na Rússia, está desaparecido há duas semanas. Os advogados dizem não conseguir contactar o político há duas semanas e teme-se que tenha sido deportado para uma colónia de "regime especial", o regime prisional mais duro da Rússia. O desaparecimento do maior opositor de Vladimir Putin acontece quando o presidente russo lançou a campanha para uma nova corrida presidencial.
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Os tribunais russos suspenderam esta segunda-feira a abertura de novos processos criminais contra o dissidente e suspenderam as sete audiências em que era suposto Navalny ser ouvido. De acordo com a assessoria de Navalny, a equipa de advogados enviou, até ao momento, pedidos a quase 200 centros de detenção preventiva do país à sua procura, mas ainda sem resultado.
A porta-voz de Navalny, Kira Yarmysh, escreveu na rede social X, antigo Twitter, que Navalny tinha várias audiências agendadas, algumas das quais foram suspensas porque a localização desconhecida do político impedia a sua participação pessoalmente ou por videoconferência.
Navalny, que foi condenado a quase três décadas de prisão, desapareceu de uma prisão na região de Vladimir, perto de Moscovo, há duas semanas: suspeita-se que possa ter sido transferido para uma colónia de "regime especial", onde se pode manter incomunicável sob o regime prisional mais severo da Rússia. As Nações Unidas classificaram este desaparecimento como "forçado".
"Fiquei a saber que a audiência sobre as violações dos direitos humanos de Navalny, marcada para sexta-feira, não ocorreu. Os advogados de Navalny, que estão impedidos de se encontrar com ele desde 6 de dezembro, foram informados pelo tribunal de que o seu cliente já não se encontra detido na região de Vladimir, sem fornecer mais detalhes", explicou a relatora especial da ONU sobre a situação dos direitos humanos na Rússia, Mariana Katzarova, citada pelas agências noticiosas.
O Kremlin não respondeu a perguntas sobre o paradeiro de Navalny, com o porta-voz de Putin, Dmitry Peskov, a garantir que o Governo não tem "nem a intenção nem a capacidade de rastrear o destino dos prisioneiros".
Alexei Navalny foi detido em 2021, depois de ter regressado à Rússia vindo da Alemanha, onde esteve a recuperar de um alegado envenenamento. Foi inicialmente condenado a 11 anos e meio de prisão por fraude e em agosto deste ano a mais 19 anos de prisão, novamente por fraude, crime a que se juntaram o de financiamento de atividades extremistas e a criação de uma organização extremista.
O desaparecimento de Navalny ocorre quando Putin lança a sua campanha para um quinto mandato presidencial. Segundo os seus apoiantes, é provável que Navalny seja mantido na prisão enquanto o presidente russo se mantiver no poder.
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