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Apoiantes esperavam a sua transferência para outra prisão, mas informações sobre onde está foram negadas até ao advogado.
Os advogados e família de Alexei Navalny nada sabem do paradeiro do opositor ao regime russo há mais de cinco dias. Navalny, de 47 anos, deveria ter aparecido através de videoconferência numa audiência num tribunal esta segunda-feira em Kovrov, a este de Moscovo, mas tal não ocorreu.
REUTERS/Yulia Morozova/File Photo
A 6 de dezembro, o seu advogado esperou à frente da colónia penal IK-6 em Melekhovo durante sete horas, sem ter conseguido aceder a ele. Não houve qualquer explicação e esta segunda-feira, a sua equipa revelou que Alexei Navalny foi retirado da colónia penal onde estava preso desde meados de 2022 e que não foi revelado para onde foi encaminhado.
Os seus assessores já preparavam a transferência do opositor ao regime russo para uma colónia de "regime especial", o que é o grau de maior segurança do sistema prisional russo. Tal deveu-se à sentença de agosto, que lhe atribuiu mais 19 anos de pena além dos onze anos e meio que já cumpria.
Kira Yarmysh, porta-voz de Navalny, relatou que os guardas de IK-6 disseram ao advogado que o opositor já não estava na colónia. "Recusaram-se a dizer para onde o levaram", adiantou a porta-voz.
Este desaparecimento acontece no início da campanha para as eleições presidenciais, em que o presidente Vladimir Putin vai concorrer por um novo mandato de seis anos. Segundo Leonid Volkov, assessor de Navalny, otimingdeste desaparecimento é "0% coincidência e 100% controlo político manual direto do Kremlin". "Não é segredo para Putin quem é o seu maior opositor nestas 'eleições'. E quer assegurar-se que a voz de Navalny não é ouvida", frisou o assessor.
De acordo com a agência noticiosa Reuters, as transferências de prisioneiros podem demorar semanas e os familiares não têm informações até que o recluso chegue ao seu destino.
Desde que está preso, Alexei Navalny conseguiu falar com os seus advogados e publicar nas redes sociais, relatando as condições em que está detido e deixando críticas ao regime russo. Contudo, em outubro, três dos seus advogados foram detidos sob suspeita de atividade "extremista", uma das acusações que também recaiu sobre Navalny a par de
fraude e desrespeito ao tribunal.
Em 2021, Alexei Navalny regressou à Rússia após ter sido tratado na Alemanha a uma tentativa de envenamento com um agente nervoso. Desde sempre, o Kremlin tenta desvalorizar Navalny - que concorreu às eleições presidenciais contra Putin - como qualquer outro recluso. As autoridades russas consideram que o principal opositor a Putin tem ligações a serviços secretos para tentar destabilizar a Rússia, o que definem como uma agressão.
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