Primeiro-ministro avisou: “Preservaremos a nossa herança, a nossa terra e a nossa segurança".
O primeiro-ministro israelita afirmou esta quinta-feira que “não haverá Estado palestiniano”, numa cerimónia de assinatura de um projeto de um grande colonato na Cisjordânia ocupada, quando vários países se preparam para reconhecer a Palestina.
Netanyahu reconhece preço pago por Israel e vinca foco em vencer a guerraAbir Sultan/Pool Photo via AP, Arquivo
"Cumpriremos a nossa promessa: não haverá Estado palestiniano, este lugar pertence-nos", declarou Benjamin Netanyahu no evento realizado em Maale Adumim, um colonato judaico a leste de Jerusalém, e transmitido em direto pelo gabinete do primeiro-ministro.
Netanyahu deixou um aviso: “Preservaremos a nossa herança, a nossa terra e a nossa segurança".
No mês passado, Israel aprovou um projeto de construção de 3.400 habitações na Cisjordânia, criticado pela ONU e por vários líderes estrangeiros, ao dividir o território palestiniano em dois e ameaçar um eventual Estado palestiniano.
Nas declarações em Maale Adumim, Netanyahu sublinhou o objetivo de duplicar a população.
O ministro das Finanças israelita, Bezalel Smotrich, que representa a fação de extrema-direita no executivo, defendeu publicamente a aceleração deste projeto, conhecido por E1, e a anexação da Cisjordânia.
O apelo de Smotrich surgiu na sequência dos anúncios de vários países, incluindo Portugal, da intenção de reconhecer o Estado da Palestina.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou veementemente a expansão da presença israelita nos territórios ocupados e a Autoridade Palestiniana alertou para uma nova etapa da "anexação progressiva da Cisjordânia".
Fora de Jerusalém Oriental, ocupada e anexada por Israel, cerca de três milhões de palestinianos vivem na Cisjordânia, ao lado de aproximadamente 500 mil israelitas que vivem em colonatos considerados ilegais pela ONU, de acordo com o direito internacional.
A colonização da Cisjordânia, que faz fronteira com a Jordânia, tem prosseguido ao longo de todos os governos israelitas, tanto de esquerda como de direita, desde 1967.
A expansão desta ocupação intensificou-se significativamente durante o mandato do atual Governo, sobretudo a partir do início da guerra na Faixa de Gaza, desencadeada em 07 de outubro de 2023 pelo ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano Hamas no sul de Israel.
Vários países, como França, Austrália e Canadá, anunciaram a intenção de reconhecer o Estado da Palestina durante a 80.ª Assembleia-geral da ONU, que começou na terça-feira.
Londres indicou que fará o mesmo, a menos que Israel assuma uma série de compromissos, incluindo um cessar-fogo na Faixa de Gaza, onde a ofensiva israelita em retaliação dos ataques de 07 de outubro já causou mais de 64 mil mortos, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, e um desastre humanitário.
Nos últimos meses, vários ministros israelitas de extrema-direita têm apelado abertamente para a anexação da Cisjordânia.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Se os desafios enfrentados por muitos rapazes são reais e não devem ser ignorados, também é perigoso transformá-los numa narrativa de vitimização que ataca os progressos das mulheres na sociedade, para mais quando persistem indicadores de desigualdade entre sexos, com prejuízo para o feminino.
A grande mudança de paradigma na política portuguesa, a favor de contas públicas equilibradas, não acabou com maus hábitos recentes, como vemos este ano.
Ao ver os socialistas que apoiam a Flotilha "humanitária" para Gaza tive a estranha sensação de estar a ver a facção do PS que um dia montará um novo negócio, mais alinhado com a esquerda radical, deixando o PS “clássico” nas águas fétidas (para eles) do centrão.